PRONTUÁRiO
NAVEGANTES
Sob
chancela das Edições Época de Ouro, A
Arte de Bem Navegar - Navios Europeus do Século XIV ao Início do
Século XVI,
de Eduardo Teixeira Coelho (1919-2005), surgiu por ocasião do 5º
Centenário da Descoberta do Brasil (Abril de 1500 - Abril de 2000),
numa publicação monumental e minuciosa, privilegiando os barcos em
que os Portugueses lograram vencer os mares e os seus monstros. A par
com 62 magníficas estampas, pela ilustração científica,
destaca-se numa sugestiva narração histórica: «Os marinheiros,
que eram conhecidos ironicamente na Europa como “varredores de
escolhos”, porque não perdiam de vista as costas, vão com Vasco
da Gama lançar-se por meses no grande Oceano, com navios que “se
fizeram os mais fortes que se pudessem”. Gaspar Correia diz deles:
“marinheiros é gente baixa, e eram maus e soberbos”; mas era
gente especializada no velame latino e redondo, como bem prova aquilo
que fizeram». Ao grafismo harmonioso e inimitável, ao estilo
dinâmico e gracioso, alusivos à expressão em quadradinhos, confere
Eduardo Teixeira Coelho o sortilégio, a nostalgia e a modernidade
que distinguem os criadores primordiais.
IMAG.28-31-41-43-85-117-129-132-209-328-372-568-578-607-617-689
CALENDÁRiO
20ABR-03JUN2018
- Em Braga, Museu da Imagem apresenta Northern
- Corrida e Projectos Seleccionados Entre 2010-2017
- exposição de fotografia de Tatiana Plotnikova (Rússia).
1920-25ABR2018
- Michael Joseph Anderson Sr, aliás Michael Anderson: Cineasta
inglês, realizador de A Volta
ao Mundo Em 80 Dias / Around the World In 80 Days
(1956), ou Fuga No Século
XXIII / Logan’s Run (1976)
- «Uma fantasia algo extravagante e bastante divertida» (Roger
Ebert).
28ABR-02SET2018
- Em Coimbra, Centro de Artes Visuais apresenta Pure
Emulsion - exposição de
fotografia de José Luís Neto, sendo curador Sérgio Mah.
IMAG.360-393-458-649
05MAI-28JUL2018
- Em Guimarães, Centro Cultural Vila Flor apresenta Non-Fiction
- exposição de fotografia,
vídeo e instalação de André Príncipe. IMAG.364-539
08MAI-30SET2018
- Em Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, na Casa das Histórias
Paula Rego, Contos
Tradicionais e Contos de Fadas -
exposição de pintura de Paula Rego, sendo curadoras Catarina Alfaro
e Leonor Oliveira.
IMAG.11-13-31-199-205-258-269-325-342-351-357-364-370-399-416-464-486-489-515-545-596-597-620-621-629-651-659-669-680-693-699
11MAI-30JUN2018
- Em Odivelas, Centro Cultural Malaposta apresenta Los
Urbanos - exposição de
ilustração de Inês Brito.
PARLATÓRiO
Frédéric
Chopin
Era
um génio de enlevo universal. A sua música conquista as mais
distintas audiências. Quando as primeiras notas de Chopin soam por
entre o salão de concerto, há um feliz suspiro de reconhecimento.
Todos os homens e mulheres do mundo conhecem a sua música… No
entanto, não é uma música
romântica, no sentido
byroniano. Não conta histórias ou quadros pintados. É expressiva e
pessoal, mas ainda assim uma arte pura. Mesmo nesta era atómica
abstracta, onde a emoção não está na moda, Chopin perdura. A sua
música é a linguagem universal da comunicação humana.
Arthur
Rubinstein
A
geração Beat
era uma visão que o Jonh Clellon Holmes e eu, e também o Allen
Ginsberg, mas de uma maneira ainda mais louca, tivemos no final dos
anos ‘40. Tratava-se de uma geração de tipos a par de tudo,
brilhantes e loucos, que de repente se ergueram para percorrer a
América. Eram sérios, curiosos, vagabundos e faziam paragens em
todos os pontos do caminho, em farrapos, tranquilos, de uma hedionda
beleza latente na sua graça e originalidade.
Jack
Kerouac
MEMÓRiA
1810-17OUT1849
- Fryderyk Franciszec, aliás Frédéric
Chopin: Pianista polaco radicado em França, compositor do período
romântico - «A simplicidade é a conquista final. Depois de ter
tocado uma quantidade de notas e mais notas, é a simplicidade que
emerge como recompensa coroada da arte». IMAG.92-191-203-247-265-298-325-375-380-412-462-572-595-640
17OUT1929-2016
- Mário Wilson: Atleta português nascido em Moçambique, jogador e
treinador de futebol - «Era
reconhecidamente um cavalheiro que, como atleta e treinador, passou
por inúmeros clubes, deixando sempre a sua marca» (Bruno de
Carvalho).
IMAG.644
1705-18OUT1739
- António José da Silva, o Judeu: Dramaturgo brasileiro - «Que
delito fiz eu para que sinta / o peso desta aspérrima cadeia / nos
horrores de um cárcere penoso / em cuja triste, lôbrega morada /
habita a confusão e o susto mora? / Mas se acaso, tirana, estrela
ímpia, / é culpa o não ter culpa, eu culpa tenho. / Mas se a culpa
que tenho não é culpa, / para que me usurpais com impiedade / o
crédito, a esposa e a liberdade?».
IMAG.34-66-183-247-443-514
1838-19OUT1889
- Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel
Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio
Valfando de Bragança, El-Rei D. Luís I, o Popular: «Beijo a mão a
El-Rei. Estou a seis dias do mar Índico, em vésperas de concluir a
minha travessia de África, feita na costa oeste. Lutei com a fome e
a sede…» (Serpa Pinto - 1879).
IMAG.174-200-247-329-368-531-593-680
19OUT1899-1974
- Miguel Ángel Asturias Rosales, aliás Miguel Ángel Asturias:
Escritor e diplomata guatemalteco, distinguido com o Prémio Nobel da
Literatura (1967) - «Os espelhos são como a consciência…
Vemo-nos neles como somos, ou como não somos, pois, quem se
contempla no profundo de um espelho, tenta dissimular as suas
fealdades e enfeitá-las para parecer como lhe apetece».
1835-19OUT1909
- Cesare Lombroso: Cientista e criminologista italiano - «Nas
pessoas sãs, é livre a vontade, como diz a metafísica, mas os
actos são determinados por motivos que contrastam com o bem-estar
social. Quando surgem, são mais ou menos condicionados por outros
motivos, como o prazer do horror, o temor da sanção, da infâmia,
da Igreja, ou da hereditariedade, ou de prudentes hábitos impostos
por uma ginástica mental continuada, motivos que deixam de valer nos
dementes morais ou nos delinquentes natos, que logo caem na
reincidência.» (O Homem
Delinquente). IMAG.247
1900-19OUT1999
- Natacha Tcherniak, aliás Nathalie Sarraute: Escritora francesa de
origem russa - «Em qualquer obra literária, a poesia é o que faz
aparecer o invisível… Nunca percebi a razão por que escrevo».
1922-21OUT1969
- Jean-Louis Lebris de Kerouac, aliás Jack Kerouac: Escritor
americano - «Um dia hei de renascer numa grande cidade de outro
sistema planetário, no passado ou no futuro, onde uma única
montanha de cinco quilómetros de altitude se recorta no céu azul -
com toda a compaixão que sinto dentro de mim, a única coisa de que
vou precisar é da sabedoria da terra». IMAG.126-141-212-217-247-338-362-404-469-484
22OUT1919-2013
- Doris May Tayler,
aliás Doris Lessing:
Escritora britânica, autora de O
Caderno Dourado, distinguida
com o Prémio Nobel da Literatura (2007) - «Eis o que é aprender:
de repente, apercebemo-nos de que, algo que soubemos durante toda a
vida, adquire para nós um novo entendimento».
IMAG.166-168-228-490
IMAG.166-168-228-490
22OUT1929-2012
- Marcel Hanoun: Realizador francês, teórico do cinema
experimental, director de Uma
História Simples / Une Simple Histoire (1959)
- «A criação - na perspectiva do trabalho - é, em si mesma, um
grito de não obediência» (1997). IMAG.428
COMENTÁRiO
Jack
Kerouac
Começámos
a experimentar benzedrina e anestésicos. Eu pensava que não poderia
escrever, porque a minha mente ficava confusa, mas Jack sentia que
podia escrever romances usando isso. E acho que alguns dos seus
romances do início dos anos ‘50 foram escritos sob efeito desses e
de outros tóxicos. Praticamente, Jack sentava-se e dactilografava
por várias semanas, fazia correcções, escrevia continuamente
cinco, seis ou sete horas por dia, às vezes até o dia inteiro.
Allen
Ginsberg
Uma
coisa é sentar-me aqui, colocando as palavras num papel e passando,
pelo menos, cinquenta ideias para cada uma dessas palavras… No
entanto, de que serve escrevê-las, se só consigo exprimir uma
ideia, e todas as outras ficam diluídas?
Doris
Lessing
-
Roteiro Para Um Passeio ao
Inferno (excerto)
BREVIÁRiO
Casa
das Letras edita Só Duas
Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram de
Alice Vieira. IMAG.16-38-92-170-495-572-603
Harmonia
Mundi edita em CD, Antonin Dvorák
[1841-1904]:
Piano Trios Op. 65 & 90 por
Trio Wanderer.
IMAG.199-201-219-338-368-465-499-530-538-552-718
EXTRAORDINÁRiO
OS
ALTERNATIVOS - Folhetim Aperiódico
IRONIA
E RECONSTITUIÇÃO DA CAVEIRA HIPOCONDRÍACA
- 9
Um
mundo ambíguo, de trevas e fantasmas, que aliás
fosse possível transfigurar, estilizado pela cintilação dos
holofotes.
– Continua
Sem comentários:
Enviar um comentário