terça-feira, julho 27, 2021

FUNDA|MENTAL 104

José de Matos-Cruz | 16 Outubro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

16OUT1888-27NOV1953 - Eugene Gladstone O’Neill, aliás Eugene O’Neill: Escritor americano, ficcionista e dramaturgo, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura (1936); autor de Desejo Sob os Ulmeiros (1924) ou de Longa Jornada Para a Noite (1941) - «A solidão do ser humano não é outra coisa senão o seu medo de viver… Para cada um de nós, a vida é como uma cela solitária, cujos muros mais parecem espelhos».

18OUT1820-22AGO1886 - José da Silva Mendes Leal: Escritor e jornalista português, ficcionista e poeta, dramaturgo e ensaísta, historiador e tradutor, político e diplomata, autor de O Homem da Máscara Negra (1839) - «Salve, salve, ó majestade / Moribunda a sucumbir! / Como o espinho da saudade / Te havia fundo pungir! / Como o homem sofreria / Do monarca na agonia! / Longe do que era tão seu, / Da esposa e filhos briosos, / E dos campos seus formosos, / E do seu formoso céu!» (Ave, César! | À Morte de Carlos Alberto, rei do Piemonte - excerto, 1849).

18OUT1926-18MAR2017 - Charles Edward Anderson Berry, aliás Chuck Berry: Músico americano, ligado ao rhythm and blues, pioneiro do rock’n’roll, compositor e letrista, instrumentista e cantor, intérprete de Maybellene (1955) ou de Johnny B. Goode (1958) - «Com o silêncio definitivo da sua guitarra Gibson, morre mais um pouco do rock e da sua envolvente mitologia» (João Gobern - 2017).

19OUT1929-08AGO2009 - Raul Augusto de Almeida Solnado, aliás Raul Solnado: Actor português de rádio e teatro (profissional em 1952), cinema (desde A Garça e a Serpente - 1952 de Arthur Duarte), disco (1962 - A Guerra de 1908) e televisão (1969 - Zip-Zip); empresário (1964 - Teatro Villaret); carreira no Brasil.

ÁGUA|FORTE

PORTA|VOZ

MENDES LEAL

Cabeça altiva e fantasiosa nos domínios da arte era, ao mesmo passo, reflexiva e serena nas regiões positivas. Assim é que, subindo da imprensa e da tribuna para o Poder, se desempenhou como é notório.

Bulhão Pato

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

08MAI-10OUT2021 - Em Matosinhos, Casa da Arquitectura expõe Radar Veneza – Arquitectos Portugueses Na Bienal 1975-2021, sendo curadores Joaquim Moreno e Alexandra Areia.

27MAI-17OUT2021 - Em Sintra, Museu das Artes / MU.SA apresenta Sintra. Lugar da Arte – No Reino das Nuvens: Os Artistas e a Invenção de Sintra - exposição múltipla (pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, livros de artistas, fotografias, vídeos, instalações, peças arqueológicas e outras, combinadas com alguma da literatura inspirada por Sintra), sendo curador Victor dos Reis.

29MAI-30OUT2021 - Na Figueira da Foz, Museu Municipal Santos Rocha / MMSR apresenta A Linha. Rua Académico Zagalo Sem Número (mostra de fotografia) e Linha de Fractura (instalação de artes plásticas) - exposições de António Viana.

ALGO|RITMO

Antígona edita Tono-Bungay de H.G. Wells (1866-1946); tradução de José Miguel Silva.

E-Primatur edita Os Direitos do Homem de H.G. Wells (1866-1946); tradução de Pedro Elói Duarte.

PASSA|TEMPO

Câmara Municipal de Lisboa edita, com Museu Bordalo Pinheiro, Rafael Bordalo Pinheiro - De Árvore Em Punho de Susana Neves; sobre Raphael Bordallo Pinheiro (1846-1905).F|M.34-76-98

quinta-feira, julho 22, 2021

FUNDA|MENTAL 103

José de Matos-Cruz | 08 Outubro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

11OUT1885-01SET1970 - François Charles Mauriac, aliás François Mauriac: Escritor francês, ficcionista, dramaturgo e poeta, ensaísta, biógrafo e memorialista, autor de Thérèse Desqueyroux (1927), distinguido com o Prémio Nobel da Literatura (1952) - «O desejo transforma o ser de quem nos aproximamos num irreconhecível monstro… O romancista é, de todos os homens, aquele que mais se parece com Deus: ele é o imitador de Deus».

14OUT1927-23MAI2017 - Roger George Moore, aliás Roger Moore: Actor inglês, protagonista de Simon Templar - O Santo / The Saint (1962-1969 - televisão) e de James Bond 007 (1973-1985 - cinema) - «Nos meus primeiros anos como actor, disseram-me que, para ter sucesso, era preciso personalidade, talento e sorte em igual medida. Dispenso essa afirmação. Para mim, foi 99% de sorte. Não serve de nada ser talentoso, se não se estiver no lugar certo e no momento certo».

ALGO|RITMO

Roger Moore: entre Simon Templar e James Bond, duas facetas da mesma personalidade.

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

25OUT1928-23MAI2021 - Paulo Archias Mendes da Rocha, aliás Paulo Mendes da Rocha: Arquitecto e urbanista brasileiro, membro da Escola Paulista; pedagogo e professor (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo / FAU-USP, desde 1961 e após 1980); distinguido com o Prémio Pritzker (2006); delineou o Museu Brasileiro de Escultura / MUBE (São Paulo, 1988-1995), ou sendo ainda coautor (com Ricardo Bak Gordon, e escritório MMBB / Marta Moreira e Milton Braga, de São Paulo) do Museu Nacional dos Coches / MNC (Lisboa, 2008-2015) - «As suas obras continuam a fazer a cidade, cumprindo a missão para a qual foram pensadas e idealizadas, ‘a de ampararem a imprevisibilidade da vida’, prolongando no tempo o seu legado» (Nuno Sampaio).

26MAI-29SET2021 - Em Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda / PNA expõe na Galeria do Rei D. Luís, em organização com o Museu da Presidência da República / MPR, D. Maria II, de Princesa Brasileira a Rainha de Portugal, 1819-1853, sendo comissário José Miguel Sardica.

29MAI-14AGO2021 - Na Amadora, Clube Português de Banda Desenhada / CPBD expõe A Banda Desenhada Portuguesa É Super! – Super-Heróis, Ficção Científica e Mundos Pós-Apocalípticos, apresentando duas pranchas de cada autor de BD comercial português - André Lima Araújo, Daniel Henriques, Daniel Maia, Eliseu Gouveia, Filipe Andrade, João Lemos, Jorge Coelho, Miguel Mendonça, Miguel Montenegro, Nuno Plati, Ricardo Tércio e Ricardo Venâncio.

PASSA|TEMPO

Visão edita, no segmento História, 125 Anos – O Cinema Em Portugal, sendo coordenadora Clara Teixeira, e com a colaboração da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.

sexta-feira, julho 16, 2021

Extra: AURORA BOREAL em QUADRADINHOS [9]

Tendo inspirado, com as suas visões prévias (um universo e vários contextos, além do separador geral de narrativa), a saga de Aurora Boreal, em tríptico imaginado/literário (O Princípio Infinito - 2017-2018, O Eterno Paradoxo - 2019, O Círculo Imperfeito - 2020) por José de Matos-Cruz, Renato Abreu concretizou ainda a banda desenhada Aurora Boreal e a Primeira Mutação (4 pranchas, pb) lançada em Aurora Boreal e O Princípio Infinito - Primeiro Universo: O Bestiário Humano (2017), e o foto-painel Aurora Boreal e a Transição Imaginária (1 página, a cor ou pb) lançado em Aurora Boreal e o Princípio Infinito - Quarto Universo: A Mecânica Celeste (2018), ambos com argumento de José de Matos-Cruz.


Entretanto, correspondendo aos auspícios de
Aurora Boreal em Reflexos Partilhados, Renato Abreu concebeu e desenhou outra e original experiência em quadradinhos, Aurora Boreal e a Biblioteca Admirável (4 pranchas, pb) - sem palavras, sendo o título proposto por José de Matos-Cruz - baseada no seu modelo virtual Takako Ikehata. As Bibliotecas, reinos imaginários. Aurora Boreal assume os livros - de Alice No País das Maravilhas (Lewis Carroll) a Dom Quixote de la Mancha (Miguel de Cervantes Saavedra) - como umbrais mágicos para fantásticas viagens, para encontros imprevisíveis, para vivências extraordinárias…

A saga de Aurora Boreal teve edição de Apenas Livros.

domingo, julho 11, 2021

FUNDA|MENTAL 102

José de Matos-Cruz | 01 Outubro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

02OUT1917-22MAR2013 - Óscar Luso de Freitas Lopes, aliás Óscar Lopes: Escritor e professor português, investigador de literatura e linguística, biógrafo e ensaísta - «Uma imprensa venal e deformada pela Censura, calunia, não apenas doutrinas, mas também homens. A cada dia que passa vemos democratas honestos e até inteligentes praticar erros que ajudam a essa calúnia, até porque só estando quietinho, sem fazer nada, é que, aparentemente, se não erra. Todavia o nosso povo não perde a confiança em certos democratas que tanto têm errado. Como poderia perdê-la num intelectual a que o Estado já nada pode tirar, excepto a liberdade - e precisamente na ocasião em que, digamos, dois milhares de pessoas lhe prestam a maior e mais espontânea homenagem que um escritor teve no Porto e talvez até no País?» (Carta a Ferreira de Castro - excerto, 1959).

03OUT1898-05JUL1969 - Thomas Leo McCarey, aliás Leo McCarey: Cineasta americano, produtor, realizador e argumentista; entre os maiores sucessos, dirigiu Lua Sem Mel / Once Upon a Honeymoon (1942) - «Não sei qual é a minha fórmula. Apenas confesso que gosto de personagens que pareçam andar nas nuvens. Agrada-me um pouco de conto de fadas. Que outros filmem a fealdade deste mundo. A mim, não me interessa amargurar as pessoas».

ARTE|FACTO

LUA SEM MEL (1942)

Prestigiado nos anais de Hollywood como o realizador que mais contribuiu para a revelação de Bucha & Estica (aliás, Stan Laurel e Oliver Hardy) por 1926, Leo McCarey dirigiu ainda, a partir de meados dos anos ’20, uma série de populares comédias a cargo das principais companhias - da MGM à Paramount, da Fox à United Artists, da Columbia à RKO. Para esta, a primeira produção foi Once Upon a Honeymoon - sendo ainda argumentista com Sheridan Gibney, e a qual assinalou o lançamento, nos EUA, do actor Walter Slezak.

Tendo incidência através da Europa, acção romântica e estilizado humor forjam uma obra tipificada como propaganda anti-nazi, que estreou antes da entrada da América na II Guerra Mundial. Significativamente, só apareceu em Portugal em 1945, e em França quatro anos depois. Com uma nomeação da Academia ao Oscar do Melhor Som (Stephen Dunn), Lua Sem Mel teve como protagonistas Cary Grant e Ginger Rogers, que voltariam a encontrar-se em A Culpa Foi do Macaco / Monkey Busyness (1952 - Howard Hawks). A rodagem principiou em 25 de Abril de 1942, tendo Grant conseguido um atraso quanto ao seu alistamento, que ele pretendia nos Army Air Corps; a 26 de Junho, e mantendo embora um emblemático vínculo pró-britânico, tornou-se cidadão ianque, adoptando legalmente o nome artístico.

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

17ABR-04DEZ2021 - Em Lisboa, Centro Cultural de Belém / CCB apresenta, no Espaço Fábrica das Artes, Do Outro Lado da Toca - instalação de Alice Albergaria Borges, Beatriz Bagulho e Madalena Castro.

20MAI2021 - Uma Pedra No Sapato produziu, e estreia Prazer, Camaradas! (2019) de José Filipe Costa; Portugal depois do 25 de Abril de 1974, com Amanda Booth e António Rodrigues.

21MAI-26SET2021 - Em Lisboa, Museu do Oriente apresenta Bright As Silver, White As Snow - exposição de obras artísticas de Beatriz Horta Correia, Graça Pereira Coutinho e Susana Piteira.

25MAI-06JUN2021 - Em Lisboa, Livraria/Galeria Tinta Nos Nervos expõe Entre Mundos - mostra de trabalhos de Maria João Worm e Diniz Conefrey, por ocasião do décimo aniversário das Edições Quarto de Jade. F|M.1-7-16-17-34-73

INTER|MÉDIO

Livros do Brasil edita, na colecção Dois Mundos, O Templo Dourado de Yukio Mishima (1925-1970); tradução de Paulo Faria. F|M.71

Livros do Brasil edita, na colecção Dois Mundos, O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar de Yukio Mishima (1925-1970); tradução de Carlos Leite. F|M.71

terça-feira, julho 06, 2021

FUNDA|MENTAL 101

José de Matos-Cruz | 24 Setembro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

26SET1888-04JAN1965 - Thomas Stearns Eliot, aliás T.S. Eliot: Escritor americano, naturalizado britânico (1927), poeta (como The Love Song of J. Alfred Prufrock - 1910-1915, ou The Waste Land - 1922) e dramaturgo (logo Murder In the Cathedral - 1935), ensaísta e editor, crítico literário, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura (1948) - «A evolução de um artista produz-se a partir de um sacrifício contínuo, de uma constante extinção da personalidade… Nunca cessaremos de explorar e, por fim, voltaremos ao ponto de partida, como se nada tivéssemos conhecido».

26SET1898-11JUL1937 - Jacob Bruskin Gershowitz, aliás George Gershwin: Artista americano, compositor e pianista; autor de peças orquestrais como Rapsody In Blue (1924) e An American In Paris (1928), ou da ópera Porgy and Bess (1935 - que inclui a ária Summertime) - «De certo modo, a vida é como o jazz… Funcionamos melhor, quando improvisamos. / Daria tudo o que tenho por um pouco do génio de que Schubert precisou, para compor a sua Ave Maria [1825]».

27SET1922-28SET2010 - Arthur Hiller Penn, aliás Arthur Penn: Realizador e encenador americano, produtor de cinema, teatro e televisão, director de Bonnie e Clyde / Bonnie and Clyde (1967) - «Em Hollywood, os melhores acabam por arrepender-se… Já não existe mercado para os filmes que eu poderia dirigir. Os épicos de ficção científica e as fitas ao gosto juvenil estão fora dos meus parâmetros». F|M.28

ARTE|FACTO

BONNIE E CLYDE (1967)

Há cerca de meio século, o cinema americano recriava uma das suas mais ultrajantes sagas - Bonnie and Clyde de Arthur Penn, filme baseado em factos autênticos, que as lendas tornaram famigerados. Com argumento de David Newman & Robert Benton, Penn construiu uma ponte entre a sagração clássica, segundo os valores tradicionais; e a rotura de vanguarda, pela qual se forjou uma mitologia desumana.

A acção decorre nos Estados Unidos, pelas décadas de ’20 e ’30 do Século XX, narrando o encontro afectivo e violento de Bonnie Parker e Clyde Barrow, cujo gangue - em incursões rápidas e brutais, sobretudo no assalto a bancos, entre o Texas e o Oklahoma - perturbará a consciência de uma nação, marcada pelo caos moral, a perversão social. Nada ficaria como dantes: a aventura criminal, segundo os códigos convencionais; o espectáculo popular, em virtualização histórica; o culto ritual, sobre os modelos éticos e heróicos. E o imaginário de Hollywood atingiu a maturidade, trocando o estado de graça pela exploração de temas controversos, pela perspectiva crítica sobre o mundo e as pessoas. F|M.28-54

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

14ABR1964-15MAI2021 - Maria João Gonçalves Abreu Soares, aliás Maria João Abreu: Actriz portuguesa de teatro (profissional, desde 1983), televisão (como Médico de Família - 1998-2000 / SIC) e cinema; intérprete de António, Um Rapaz de Lisboa (2000 - Jorge Silva Melo), de Call Girl (2007 - António-Pedro Vasconcelos) ou de Florbela (2012 - Vicente Alves do Ó) - «Toda a sua vida foi de amor ao teatro, pelo qual tinha enorme paixão. Em tudo o que fazia, queria ser perfeita» (Filipe La Féria).

15MAI-24SET2021 - Em Vila Nova da Barquinha, Galeria do Parque apresenta É Tempo Que a Pedra Se Decida a Florir - exposição de desenho de Luís Silveirinha, sendo curador João Pinharanda.

16MAI-30DEZ2021 - Em Lisboa, Padrão dos Descobrimentos expõe Visões do Império - a fotografia como elemento fundamental da história do moderno colonialismo português, sendo coordenadores Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes.

18MAI-26SET2021 - Em Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado expõe Meu Amigo – Obras e Documentos da Colecção Ernesto de Sousa (1921-1988), com organização de Isabel Alves. F|M.80-88-97

PASSA|TEMPO

Vasco Santos Editor lança Prufrock e Outras Observações de T.S. Eliot (1888-1965); tradução de Bernardo Pinto de Almeida.

Assírio & Alvim edita O Livro dos Gatos Práticos do Velho Gambá de T.S. Eliot (1888-1965); tradução de Daniel Jonas.

Câmara Municipal de Cascais edita Aquele Agreste Mês de Julho – Ensaio e Crítica Literários de Júlio Conrado.

sexta-feira, julho 02, 2021

Extra: AURORA BOREAL em QUADRADINHOS [8]

Entre as alternativas em evolução pela banda desenhada, a partir da saga de Aurora Boreal exposta no tríptico imaginado/literário (O Princípio Infinito - 2017-2018, O Eterno Paradoxo - 2019, O Círculo Imperfeito - 2020) por José de Matos-Cruz, Nuno Dias proporá Aurora Boreal e a Lenda da Rocha Pintada (5 pranchas, pb), realçando a personagem de Franco Civelli - um académico e cientista de origem italiana radicado em Lisboa, onde dirige o Museu das Coisas Raras.
Aliando o carácter circunspecto ao fascínio por espécies extintas e cultos bizarros, Franco Civelli está de viagem no interior de Portugal, até à região em que persiste o mistério de uma suposta serpente, fossilizada numa rocha, e quando se assinalam cem anos sobre os relatos que a famigeraram. Feitiço e sortilégio precipitam-se então, envolvendo a providencial intervenção de Aurora Boreal, perante uma ameaça sobrenatural.

Assim irradiam mitos e sobressaltos, neste lance de Aurora Boreal em Reflexos Partilhados.
Exacerbando uma aventura fantástica e telúrica, cujo desfecho sagra uma Aurora Boreal transfigurada entre prodígios e mutações


Nuno Dias é licenciado em
design pela ETIC - Escola de Tecnologias Inovação e Criação. Trabalha como designer gráfico e ilustrador freelance, integrando o colectivo Tágide desde 2019, ano em que participou nos eventos II Barreiro IlustraBD, Dia Mais Geek ‘2019 e 30º Amadora BD. Editorialmente, contribuiu com ilustração para Congo II - No Caminho das Trevas (2019), assinou a capa d’A Última Vida de Sir David (2020), e integrou a iniciativa social Virar a Página - Antologia de BD (2020). Em 2021, publica no fanzine Outras Bandas #4, e foi premiado com o 3º lugar no concurso Demon Slayer/Kimetsu No Yaiba - O Filme: Comboio Infinito, promovido por Comics Jankenpon e Editora Devir.

A saga
de Aurora Boreal teve edição de Apenas Livros.

quinta-feira, julho 01, 2021

FUNDA|MENTAL 100

José de Matos-Cruz | 16 Setembro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

18SET1921-18JAN1998 - Maria Judite de Carvalho: Escritora portuguesa, ficcionista e poetisa, dramaturga e cronista - «Outras vezes Leda ia encontrar-se com as amigas numa pastelaria da baixa ou iam juntas a alguma matinée. No regresso trazia sempre o olhar mais brilhante e muitas coisas para contar, via-se-lhe isso na frequência com que entreabria a boca para logo a fechar sem ter dito nada. Às vezes não resistia, lutava contra o intransponível muro de silêncio que o pai habitualmente construía à sua volta e contava qualquer coisa sem importância. // O pai levantava os olhos do trabalho, dizia o «ah sim?» completamente destituído de sentido, de quem não sente o menor interesse pelo que acabava de ouvir. // Leda corava muito e nesses momentos os ombros descaiam-lhe um pouco mais e as pálpebras tombavam-lhe sobre os olhos como persianas que ela voluntariamente cerrasse porque lá fora não havia nada para ver.» (As Palavras Poupadas - excerto, 1961).

20SET1937-15ABR2017 - Alberto Almeida Carneiro, aliás Alberto Carneiro: Artista plástico português, escultor e desenhador, professor (1972 - Escola Superior de Belas-Artes do Porto / ESBAP; 1985 - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto) e orientador artístico / pedagógico (1972 - Círculo de Artes Plásticas de Coimbra / CAPC), distinguido com o Prémio Nacional de Escultura (1968) ou com o Prémio AICA / Associação Internacional dos Críticos de Arte (1985) - «A obra de arte que não coloca qualquer problema, não é obra de arte, porque ela existe para questionar, para aumentar o campo de acção, para criar novas fronteiras, novos conceitos» (2013). 

23SET1930-10JUN2004 - Ray Charles Robinson, aliás Ray Charles, aliás the Genius: Artista americano, pianista e cantor, letrista e compositor de música soul, jazz e blues, intérprete de Georgia On My Mind (1960) ou de I Can’t Stop Loving You (1962) - «Nasci com a música dentro de mim, e tornou-se tão necessária como comer ou beber».

PORTA|VOZ

Trabalho sobre a energia da matéria, sobre a natureza, sobre os elementos - a água, a terra, o fogo e o ar. Tenho um grande amor pela natureza.

Trabalho sobre árvores, não sobre madeira. Nunca cortei uma árvore.

Alberto Carneiro (2011)

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

1950-05MAI2021 - Cândido Ferreira: Artista português, pai de Ivo M. Ferreira; actor (de teatro, cinema e televisão), argumentista e dramaturgo, encenador e produtor; cofundador de O Bando (1974); distinguido com o Prémio Garrett (1988); intérprete de Passagem ou A Meio Caminho (1980 - Jorge Silva Melo) a Sul (2019 - Ivo M. Ferreira) - «Ele tinha [o] gosto pelas coisas fora do comum, um bocadinho nas margens» (João Brites).

06MAI-03OUT2021 - Em Lisboa, Museu do Oriente expõe A Vez das Deusas – Cartazes da Índia, sendo comissária Liliana Cruz.

08MAI-20JUN2021 - Em Coimbra, Museu Nacional de Machado de Castro apresenta Ruralidades - exposição de fotografia de Jorge Bacelar.

12MAI-21AGO2021 - Em Oeiras, Centro Cultural Palácio do Egipto expõe Fortificações de Oeiras – Património do Tejo e do Mundo, sendo curadores Fátima Rombouts de Barros e Joaquim Boiça.

INTER|MÉDIO

Relógio D’Água edita Sapatos de Corda - Agustina de Mónica Baldaque; sobre Agustina Bessa-Luís (1922-2019). F|M.8-64

Relógio D’Água edita A Muralha de Agustina Bessa-Luís (1922-2019). F|M.8-64

Relógio D’Água edita Correspondência (1959-1965) de Agustina Bessa-Luís (1922-2019) e Juan Rodolfo Wilcock (1919-1978); tradução de Lourença Baldaque. F|M.8-64

PASSA|TEMPO

Universal edita em CD, sob chancela Decca, Frédéric Chopin [1810-1849]: Piano Concertos pelo pianista Benjamin Grosvenor, com Royal Scottish National Orchestra, sob a direcção de Elim Chan. F|M.18-24-76

Antígona edita A Aparência das Coisas de John Berger (1926-2017); tradução de José Miguel Silva.