quarta-feira, julho 01, 2020

FUNDA|MENTAL 47

José de Matos-Cruz | 08 Agosto 2020 | Edição Kafre | Ano II – Semanário – Desde 2019
 
FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

10AGO1897-04OUT1935 - Reinaldo Silva Ferreira, aliás Reinaldo Ferreira, o Repórter X: Escritor, jornalista e cineasta português, ficcionista e dramaturgo - «O Terreiro do Paço, visto de bordo, formava, na noite fria e branca, uma ferradura amarela, aberta por quase quarenta arcos. No extremo duma das alas, formando ângulo, ficava o Ministério da Guerra. Todas as janelas estavam às escuras. Todas… excepto uma… A primeira do primeiro andar… Nessa, uma pinta de luz vermelha, como uma pupila diabólica, desenhava na obscuridade um zig-zag agitado… Depois… brilhou uma chama amarela e rápida, como um relâmpago… / – Acabam de tirar uma fotografia com magnésio, no seu gabinete, senhor ministro – murmurei… / – Depressa, Castro… Que me conduzam a terra… / Os dois partiram correndo, e eu sem sobretudo ou chapéu, fui atrás deles…» (O Segredo dos Reis de Portugal - excerto, 1924).

15AGO1785-08DEZ1859 - Thomas Penson De Quincey, aliás Thomas De Quincey: Escritor e intelectual inglês, autor de Confissões de Um Opiómano Inglês (1821) - «O simples entendimento, por muito útil e indispensável que possa ser, é a faculdade mais maligna no ser humano, aquela em que se deve confiar menos. E, no entanto, a grande maioria das pessoas não depende de nenhuma outra – o que pode servir na vida vulgar, mas não para os propósitos filosóficos.» (Knocking At the Gate In Macbeth - excerto, 1823).

15AGO1886-03MAR1971 - António Maria da Silva, aliás António Silva: Actor português (desde 1910) de teatro, cinema (a partir de Rainha Depois de Morta / Inês de Castro - 1910 de Carlos Santos), rádio e televisão (após 1961); realizador (1920); poeta e pintor; carreira no Brasil.

15AGO1897-24ABR1970 - Cassiano Viriato Branco, aliás Cassiano Branco: Arquitecto português - «Enquadrou a sua arquitectura na nossa atmosfera, no nosso ambiente, na nossa cultura, na nossa relação com o espaço e, inclusivamente, na nossa relação com o território» (Gonçalo Ribeiro Telles).

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

13OUT1927-15ABR2020 - Lee Konitz: Músico americano, compositor e saxofonista alto na área do jazz, aos estilos cool, bebop ou avant-garde, (nos anos de ‘1940-1950) ligado a Charlie Parker, Lennie Tristano, Stan Kenton e a Miles Davis (Birth of the Cool - editado em 1957), intérprete a solo de Subconscious-Lee (1955) ou de Lone-Lee (1974) - «É possível retirar o máximo de intensidade do acto de tocar e, ainda assim, relaxar».

16SET1936-16ABR2020 - Luiz Alfredo Garcia-Roza: Escritor brasileiro, ficcionista do género policial, criador do inspector Espinosa; ensaísta e psicanalista, formado em Filosofia e Psicologia, professor catedrático da Universidade Federal do Rio de Janeiro; autor de O Mal Radical Em Freud (1990), ou de O Silêncio da Chuva (1996) e de Achados e Perdidos (1998) - «Se eu mantenho os finais fechados, dou ao leitor aquilo que ele quer ler, que é o escritor fazendo o trabalho completo. Eu não quero satisfazer o leitor. É uma ilusão a gente achar que vai satisfazer alguém nessa vida» (2017).

04OUT1949-16ABR2020 - Luis Sepúlveda Calfucura, aliás Luis Sepúlveda: Escritor chileno, ficcionista e argumentista; jornalista e cineasta; activista político e ambiental; próximo de Salvador Allende, exilou-se em 1977, passou por Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, Equador (em missão de estudo da UNESCO), Nicarágua (participando na Revolução Sandinista), foi correspondente em África (Angola, Moçambique), esteve na Índia, na China ou no Japão, viveu em Hamburgo (Alemanha, 1982), tendo-se fixado em Gijón / Astúrias (Espanha, 1997); autor de O Velho Que Lia Romances de Amor (1989) ou de História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar (1996); distinguido com o Prémio Eduardo Lourenço (2016) - «Os seus livros são joias preciosas, marcados pela terra sul-americana que lhe deu origem, pela língua espanhola que lhe deu a plasticidade vigorosa da narrativa, e sobretudo pelo cunho de criador incomum, que lhe permite ser traduzido e amado em todas as línguas» (Lídia Jorge).

PASSA|TEMPO

Assírio & Alvim edita Aquele Grande Rio Eufrates de Ruy Belo (1933-1978). F|M.27 
 

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