Concebido
no final de 2016, mas iniciado apenas no passado fim-de-semana, o novo
blogue Imaginário-Médio vem completar o testemunho público e a
partilha de memórias, que se têm concretizado neste
Imaginário-Kafre, ao recuperar para consulta on-line os newsletters
difundidos, apenas por subscrição via e-mail, entre a suspensão do
Imaginário original, inserido até 2009 no portal Truca.pt, e a
criação deste seu sucessor na rede Blogger, em 2012.
Visamos,
assim, preservar para informação futura, e apresentar a quem nunca
a eles teve acesso, os newsletters do #358 ao #499, tal como os Extra
aparecidos neste Imaginário intermédio.
Os
carregamentos, feitos semanalmente, compreenderão todo um mês de
newsletters, começando com #358, #359 e #360, de 2010 (mas
referenciados pela data virtual de Fevereiro 2012), sendo cada
conjunto posteriormente indicado aqui, num só destaque semanal, para
mais fácil divulgação. Os newsletters actuais continuarão, como
sempre, a ser partilhados neste Imaginário-Kafre.
quinta-feira, agosto 31, 2017
quarta-feira, agosto 30, 2017
IMAGINÁRiO #678
José
de Matos-Cruz | 08 Outubro 2018 | Edição Kafre | Ano XV – Semanal
– Fundado em 2004
PRONTUÁRiO
VICISSITUDES

VISTORiA
Se
queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
- Manuel
Bandeira
Na noite da minha morte
Tudo
voltará silenciosamente ao encanto antigo…
E
os campos libertos enfim da sua mágoa
Serão
tão surdos como o menino acabado de esquecer.
Na
noite da minha morte
Ninguém
sentirá o encanto antigo
Que
voltou e anda no ar como um perfume…
Há-de
haver velas pela casa
E
xales negros e um silêncio que eu
Poderia
entender.
Mãe:
talvez os teus olhos cansados de chorar
Vejam
subitamente…
Talvez
os teus ouvidos, só eles ouçam, no silêncio da casa velando,
E
mesmo que não saibas de onde vem nem porque vem
Talvez
só tu a não esqueças.
Cristovam
Pavia
-
35 Poemas
MEMÓRiA
1929-09OUT1978
- Jacques Romain Georges Brel, aliás Jacques Brel: Cantor, poeta e
compositor belga - «Tenho menos medo da morte do que de me tornar um
velho cretino». IMAG.179-198-222
1886-13OUT1968
- Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, aliás Manuel Bandeira:
Poeta brasileiro - «Assim eu queria o meu último poema / Que fosse
terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais / Que fosse
ardente como um soluço sem lágrimas / Que tivesse a beleza das
flores quase sem perfume / A pureza da chama em que se consomem os
diamantes mais límpidos / A paixão dos suicidas que se matam sem
explicação» (O Último
Poema - excerto).
IMAG.93-559-639
1933-13OUT1968
- Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho, aliás Cristovam Pavia:
Poeta português - «O poema que hei-de escrever para ti, dando
notícias / Do último reduto das coisas, das profundidades intactas,
/ Nasce, adormece e referve-me no sangue / Com a íntima lentidão
dos teus seios desabrochando, / Porque, sei, não estás longe (nem
da minha vida!), meu mistério fiel. / Hoje a nossa companhia é a
tua inconsciência e o teu instinto: puro / Instinto que eu, de
longe, embalo e velo / E acordará (em
frente!) às primeiras
palavras / Do poema, quando ele despontar.». IMAG.165-339-345-438
15OUT1908-2006
- John Kenneth Galbraith: Escritor, diplomata, filósofo, economista,
professor americano - «As pessoas com privilégios preferem arriscar
a sua própria destruição, a perderem um pouco das suas vantagens
materiais». IMAG.560
CALENDÁRiO
10JUN-10AGO2017
- Nas Caldas da Rainha, Centro Cultural e de Congressos expõe World
Press Cartoon 2017, sendo
curador António Antunes.
IMAG.35-195-247-353-407-558-568-574
24JUN-03SET2017
- Em Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, na Cidadela Art
District, Quadradinhos
Portugueses | Olhares & Estilos -
exposição colectiva de banda desenhada, com a participação de
Renato Abreu, João Amaral, Luís Diferr, José Garcês, Penim
Loureiro, Daniel Maia, João Mascarenhas, Pedro Massano, Baptista
Mendes, Fernando Vilhena de Mendonça, Victor Mesquita, Susana
Resende e José Ruy, tendo layout
de Nuno
Lemos e sendo curador José de Matos-Cruz.
INVENTÁRiO
Realizada
pelo italiano Rino Lupo ao serviço da Iberia Film, no Porto, Os
Lobos (1923) é, justamente,
considerada uma das mais empolgantes e autênticas, entre as nossas
fitas mudas de ficção. A acção, além de evocações da Foz do
Douro, decorre na Serra da Cabreira - com rodagem na Estrela, apenas
em exteriores, durante dois meses e meio - numa aldeia dominada pela
tradição patriarcal.
Rino
Lupo conduz Os Lobos
com impecável justeza - quer no doseamento da tensão, quer na
criteriosa ilustração das rudes massas arquitectónicas, e
imponentes perfis montanhosos. Desde os primeiros instantes se define
o clima incómodo, em desígnios funestos que, brutais, se
desencadearão…
Tanto
mais que, partindo duma peça de Francisco Lage & João Correia
de Oliveira, ambientada em Castro Laboreiro, o próprio Rino Lupo
altera o esquema dramatúrgico, para uma confrontação latente,
mantendo embora o espírito original de violência animalesca, que
lhe sobrevirá. De facto, raramente o rigor e a grandiosidade se
aliaram duma forma tão perfeita e eficaz, no cinema português.
A
exemplar fotografia de Artur Costa de Macedo, pujante e luminosa,
contribui decisivamente para um apreço excepcional - na mestria das
representações, no realismo documental e na coerência etnográfica.
Entre os intérpretes, distinguiam-se Branca de Oliveira, José
Soveral, Sarah Cunha e Joaquim Avelar. Mas era famosa a caótica
dispersão de Lupo, em termos de produção, ultrapassando, agora,
cinco vezes o orçamento previsto de 50 contos. Sendo director
financeiro Carlos Cudell Goetz, a Iberia Film encerrou actividade.
BREVIÁRiO
Cinemateca
Portuguesa - Museu do Cinema edita em DVD, Mulheres
da Beira (1921) e Os
Lobos (1923) de Rino Lupo
(1884-1933).
IMAG.8-31-76-78-89-171-172-178-193-205-221-297-332-335-345-370-638
Porto
Editora lança O Livro Grande
de Tebas Navio e Mariana de
Mário de Carvalho.
IMAG.327-410-528-541-542-543-581-603-612-618-666-676
Toccata
Classics edita em CD, Fernando Lopes-Graça
[1906-1994]:
Música Para Quarteto e Piano - Vol. II por
Olga Pratts, com Quarteto Lopes Graça.
IMAG.15-48-106-111-140-146-175-261-262-326-332-342-492-536-541-587-591
EXTRAORDINÁRiO
OS
HUMANIMAIS - Folhetim Aperiódico
BUÇO
COM LEITE MANCHA O COLETE
- 4
- Adeus,
minhas encomendas!
gracejou Estácio Pastor, ao saber de tudo. Era o sábio que deu
raia, como tem acontecido com outros lunáticos. Durante uns tempos,
perscrutara de Nordeste o fenómeno ameaçador, no Observatório da
Tapada. Até que decidira lançar-se em especulações, boatos e
atoardas, que logo teriam eco no Diário
de Notícias.
– Continua
domingo, agosto 27, 2017
IMAGINÁRiO Extra: Colectiva Quadradinhos Portugueses - Olhares & Estilos
Patente na Cidadela Art District, em Cascais, desde 24 de Julho, Quadradinhos Portugueses - Olhares & Estilos encerra no próximo dia 3 de Setembro. Nesta colectiva de banda desenhada, participam Renato Abreu, João Amaral, Luís Diferr, José Garcês, Penim Loureiro, Daniel Maia, João Mascarenhas, Pedro Massano, Baptista Mendes, Fernando Vilhena de Mendonça, Victor Mesquita, Susana Resende e José Ruy, sendo curador José de Matos-Cruz.
Quadradinhos Portugueses - Olhares & Estilos é uma iniciativa da Fundação D. Luís I, e insere-se no âmbito das manifestações artísticas e culturais ligadas ao Bairro dos Museus. A mostra tem recebido uma expressiva média semanal de 175 visitantes, pelo que renova-se o convite para uma visita...
Consulte aqui, as biografias dos autores patentes na colectiva, editadas no catálogo da mostra.
Quadradinhos Portugueses - Olhares & Estilos é uma iniciativa da Fundação D. Luís I, e insere-se no âmbito das manifestações artísticas e culturais ligadas ao Bairro dos Museus. A mostra tem recebido uma expressiva média semanal de 175 visitantes, pelo que renova-se o convite para uma visita...
Consulte aqui, as biografias dos autores patentes na colectiva, editadas no catálogo da mostra.
quinta-feira, agosto 24, 2017
IMAGINÁRiO #677
José
de Matos-Cruz | 01 Outubro 2018 | Edição Kafre | Ano XV – Semanal
– Fundado em 2004
1649-01OUT1708
- John Blow: Organista e compositor britânico do período barroco -
autor de Venus & Adonis
(1686), «a primeira ópera inglesa» (Jorge Calado) - choirmaster
da Catedral de São Paulo (1687), mestre de William Croft, Jeremiah
Clarke e Henry Purcell. IMAG.557
PRONTUÁRiO
SORTILÉGIOS
Através
do imaginário em banda desenhada - domínio privilegiado e
prodigioso, para explorar todas as aventuras, para exaltar todas as
fantasias - o talento dos criadores tem, ainda, revelado outras
virtualidades, distintas implicações, para além do sortilégio
realista. Na série O
Vagabundo dos Limbos / Le Vagabond des Limbes (1975),
Christian Godard (argumento) & Julio Ribera (grafismo) desvendam
um universo onírico, erótico, em espiral orgânica e orgástica,
poética e tecnológica - de reflexos / aparências sobre o desejo, a
perversão, a inocência, o humor, a fatalidade, como alegoria aos
símbolos alquímicos, aos desígnios do poder, estilhaçando os
limites do tempo e do espaço. «Tudo se passa como se estivéssemos
irremediavelmente condenados a errar eternamente num pesadelo
incoerente. O sentido aparecerá mais tarde e, se for preciso,
podemos inventar um que agrade…» Eis uma saga exposta aos desafios
físicos, místicos e do fantástico, onde convergem os estigmas da
visão com os estímulos da evasão. IMAG.526
PARLATÓRiO
Os
ritos, que incluem o riso e a dor, podem não aparecer numa situação
social, mas são a nossa condição humana. Quando as pessoas não
riem, ficam muito tristes; quando riem, é acompanhado da tristeza
que está a ser coberta pelo riso. Como não há total transparência,
há uma questão de comportamento de ordem social. Vivemos a solidão
e vivemos com os outros, que são o tal inferno de que falava Sartre.
Dinis
Machado
CALENDÁRiO
08JUN-28JUL2017
- Em Lisboa, Instituto Italiano de Cultura apresenta Geometria
da Natureza - exposição de
pintura e desenho de Sandro Sanna, sendo curador António Olaio.
08JUN2017
- O escritor
Manuel Alegre é distinguido com o Prémio Camões 2017.
IMAG.66-205-276-314-337-366-377-560-603-611-648-674
09JUN-31JUL2017
- Em Coimbra, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha apresenta View
In Town - exposição de
fotografia de André Kuzer.
TRAJECTÓRiA
ERNESTO
DE SOUSA
Criador
e cineasta português, José Ernesto Marques Frade de Sousa nasceu a
18 de Abril de 1921 em Lisboa, onde faleceu a 6 de Outubro de 1988.
Fez estudos universitários, na Faculdade de Ciências. Em Paris,
cursou Artes Plásticas (1942-46) e trabalhou em cinema, sendo
assistente de Jean Dellanoy em La
Minute de Vérité (1952).
Autor
de argumentos, fez também filmes publicitários. Foi cine-clubista
(fundador do Círculo de Cinema - 1946; dirigente do Imagem), e
crítico de cinema (Seara
Nova, Vértice,
Jornal de Letras e Artes;
director da revista Imagem).
Em
1959, fundou a Cooperativa do Espectador. Conferencista. Fundador da
Editorial Sequência e autor de obras sobre estética (O
Argumento Cinematográfico -
1956, A Realização
Cinematográfica - 1957,
O Que É o Cinema? - 1960,
Para o Estudo da Escultura
Portuguesa -1965, Re
Começar - Almada em Madrid -
1983, entre muitos outros). A partir de 1969, dedicou-se sobretudo ao
mixed-media,
em manifestações experimentais e vanguardistas, algumas com Jorge
Peixinho.
Em
1998, foi postumamente homenageado pela Fundação Calouste
Gulbenkian, com Revolution My
Body no Centro de Arte
Moderna. Filmes como realizador: O
Natal Na Arte Portuguesa
(1954), Rodando Pelos Caminhos
(1959 - Sp), Dom Roberto
(1962), Crianças
Autistas (1969), O
Teu Corpo É o Meu Corpo
(1976), Cantigamente Nº 5
(1976 - Sr tv), Almada, Um
Nome de Guerra (1971-77 –
multimédia).
MEMÓRiA

1887-02OUT1968
- Henri-Robert-Marcel Duchamp, aliás Marcel Duchamp: Pintor,
escultor e poeta francês, cidadão americano a partir de 1955,
inventor dos ready made
- «Estou interessado em ideias e não, apenas, em produtos visuais».
IMAG.24-127-595-620
03OUT1898-1969
- Thomas Leo McCarey, aliás Leo McCarey: Cineasta americano,
produtor, realizador e argumentista - «Não sei qual é a minha
fórmula. Apenas confesso que gosto de personagens que pareçam andar
nas nuvens. Agrada-me um pouco de conto de fadas. Que outros filmem a
fealdade deste mundo. A mim, não me interessa amargurar as pessoas».
IMAG.197-233-377-613
1880-03OUT1918
- David de Sousa: Músico português, violoncelista, compositor e
maestro, cofundador da Orquestra Sinfónica Portuguesa (1914), tendo
integrado orquestras em Inglaterra, na Alemanha Imperial e na Rússia.
1930-03OUT2008
- Dinis Ramos Machado, aliás Dinis Machado: Escritor e jornalista
português - «A arte, experiência lúdica, tem um estatuto muito
particular: procura a sua cidadania em zonas fugidias de aplicação
social». IMAG.218-232-261-267-296-332-387-612-620-622
04OUT1528-1599
- Francisco Guerrero: Compositor espanhol da Renascença - «Fue
Francisco Guerrero, en cuya suma / de artificio y gallardo
contrapunto / con los despojos de la eterna pluma, / el general
supuesto todo junto, / no se sabe que en cuanto tiempo suma / ningún
otro llegase al mismo punto, / que si en la ciencia es más que todo
diestro, / es tan gran cantor como maestro.» (Vicente Espinel -
1591). IMAG.389
04OUT1928-2016
- Alvin Toffler: Escritor e futurista americano, autor de A
Terceira Vaga (1980) - «O
futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e
mutáveis, e cada evento acaba por influenciar todos os outros».
IMAG.628
1921-06OUT1988
- José Ernesto de Sousa: Cineasta português, criador e crítico de
arte - «O cinema não me preenche, pelo menos não me define… A
vida é tão complexa, tão mais importante que querer ter uma
carreira ou um rótulo! O meu métier
é comunicar, e isso é o que me interessa. Se as coisas acontecerem
através do cinema, tanto melhor» (1974).
IMAG.135-198-279-393-534-566
1926-09OUT1998
- José Paulo Paes: Poeta e ensaísta brasileiro - «para quem pediu
sempre /tão pouco / o nada é positivamente /um exagero.»
(auto-epitáfio n.2).
IMAG.572
VISTORiA
meu
deus
minha pátria
minha família
minha pátria
minha família
minha
casa
meu clube
meu carro
meu clube
meu carro
minha
mulher
minha escova de dentes
minha escova de dentes
minha
vida
meu câncer
meus vermes
meu câncer
meus vermes
José
Paulo Paes
SUMÁRiO
José
Paulo Paes
José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga, no interior de São Paulo, em 22
de julho de 1926. Sempre foi um apaixonado por livros. Estudou
Química e trabalhou num laboratório farmacêutico durante muitos
anos. Em 1944 mudou-se para Curitiba, onde desenvolveu seu gosto
literário e se associou com nomes bem conhecidos do círculo de
letras de então, em especial Oswald de Andrade e Dalton Trevisan, em
cuja revista Joaquim
colaborou. Na capital paranaense, participou ativamente da vida
cultural da época, em especial das reuniões literárias que se
costumavam fazer em dois points
curitibanos: o Café Belas
Artes e a Livraria
Ghignone. Um dia resolveu
escrever poesias, primeiro para os adultos e depois para as crianças.
Esqueceu a Química e descobriu a magia da poesia infantil, aprendeu
a brincar com as palavras e escreveu muitas poesias maravilhosas para
as crianças. Depois de abandonar a Química, trabalhou durante 25
anos na edição de livros, traduções e ensaios.
Trabalhou na editora Cultrix cerca de 14 anos. Traduziu inúmeras
obras de outros autores – como Lawrence Sterne, Lewis Carroll,
Nikos Kazantzakis, Paul Éluard, Dino Buzzati, Hölderlin, Huysmans,
Edgar Allan Poe, Rainer Maria Rilke, Gertrude Stein, Leopardi, Edmund
Wilson, entre outros. José Paulo Paes
morreu em 1998, aos 72 anos.
BREVIÁRiO
Quetzal
edita Cântico Final de
Vergílio Ferreira (1916-1996).
IMAG.78-212-241-323-548-587-676
Universal
edita em CD, sob chancela Decca, Dmitri Shostakovich
[1906-1975]:
Cello Concertos 1 + 2 por
Alisa Weilerstein, com Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks,
sob a direcção de Pablo Heras-Casado.
IMAG.100-266-408-499-526-580-659-676
EXTRAORDINÁRiO
OS
HUMANIMAIS - Folhetim Aperiódico
BUÇO
COM LEITE MANCHA O COLETE
- 3
Não
obstante, o menino D. Fulgêncio, filho do patrão, depois de fazer
chacota, participou para o Governo Civil. De lá partiu o Chefe
Bazilio Granizo com uns quantos agentes, no intuito de dissuadir os
homens de tão disparatado propósito. E, se bem lhes ordenou, melhor
os conteve.
– Continua
segunda-feira, agosto 21, 2017
IMAGINÁRiO #676
José
de Matos-Cruz | 24 Setembro 2018 | Edição Kafre | Ano XV – Semanal
– Fundado em 2004
26SET1898-1937
- Jacob Gershowitz, aliás George Gershwin: Compositor americano,
autor de Porgy and Bess ou
de Rapsody In Blue -
«De certo modo, a vida é como o jazz…
Funcionamos melhor, quando improvisamos». IMAG.97-248-326-618
PRONTUÁRiO
TRANSIÇÕES
A
grande literatura continua a ser um manancial a que o cinema recorre,
periódica e primordialmente, para recuperar os seus parâmetros
clássicos: transe psicológico, conflito sentimental, dilemas
avassaladores, tempos de rotura. Uma tal estratégia envolve ainda,
quanto ao enquadramento animatográfico, um outro elemento
significativo: um distinto olhar sobre os rituais, através do cotejo
das respectivas representações, tal como está implícito no
fenómeno das remakes.
Eis o potencial latente, para Neil Jordan, em O
Fim da Aventura
(1999). À partida, um romance autobiográfico (The
End of the Affair)
de Graham Greene, sobre o qual Edward Dmytryk havia dirigido um filme
(1955) memorável, com o mesmo título. Só que o drama vivido por
Deborah Kerr e Van Johnson, estilizando as obsessões de culpa e
expiação típicas em Edward Dmytryk, corresponde - na realização
de Neil Jordan, sendo protagonistas Julianne Moore e Ralph Fiennes -
a um outro dilema passional, intenso e dilacerante. As marcas sobre a
relação adúltera - um evento trágico, uma decisão enigmática -
fundem-se pela sua pulsão erótica.
CALENDÁRiO
04MAI-31JUL2017
- Em Lisboa, Galeria Ratton apresenta Matéria
do Tempo - exposição de
desenho e pintura de Helena Lapas, sendo curadora Ana Ruivo.
28MAR1938-01JUN2017-
Armando da Silva Carvalho: Escritor português, poeta e tradutor -
«Deitado sobre ti / ensinas-me a sair / da treva. // Com a boca
dorida / por tanta palavra / ensanguentada / devoro o teu cabelo /
ouro que se desfaz / por entre os dentes.» (Entre
Dentes - excerto).
IMAG.136-338-630
01JUN-10OUT2017
- Em Lisboa, Atelier-Museu Júlio Pomar apresenta Das
Pequenas Coisas - exposição
de objectos, esculturas e assemblages de Júlio Pomar e Pedro Cabrita
Reis.
IMAG.19-312-405-427-449-495-505-534-552-553-562-582-596-604-610-612-620-631-635-641-646-652
07JUN-31AGO2017
- Em Cascais, Casa Sommer expõe Silva
Júnior: Um Arquitecto Em Cascais.
VISTORiA
Os
Homens Ocos
Um
péni para o Velho Guy
Nós
somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dissecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada.
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dissecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada.
Fôrma
sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles
que atravessaram
De olhos rectos, para o outro reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos,
Os homens empalhados.
De olhos rectos, para o outro reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos,
Os homens empalhados.
T.S.
Eliot
(excerto
- Tradução de Ivan Junqueira)
VISTORiA
Aí
vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que
baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a
vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem,
como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas
várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o
pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em
derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à
indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma
dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da
fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita
de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro
de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da
imaginação; e essa figura, – nada menos que a quimera da
felicidade, – ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar
pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um
escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.
Machado
de Assis
-
Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881)
COMENTÁRiO
Raymond
Macherot
É
um gigante da estatura de um Hergé ou de um E.P. Jacobs.
André
Taymans
BREVIÁRiO
Relógio
D’Água edita O Alienista e
Outros Contos de Machado de
Assis (1839-1908).
Quetzal
edita Cântico Final de
Vergílio Ferreira (1916-1996).
IMAG.78-212-241-323-548-587
Teorema
edita A Especulação
Imobiliária de Italo Calvino
(1923-1985); tradução de José Colaço Barreiros. IMAG.51-439-482-531-631
Universal
edita em CD, sob chancela Decca, Dmitri Shostakovich
[1906-1975]:
Cello Concertos 1 + 2 por
Alisa Weilerstein, com Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks,
sob a direcção de Pablo Heras-Casado.
IMAG.100-266-408-499-526-580-659
Distrijazz
edita em CD, sob chancela Palmetto, Sunday
Night at the Vanguard por
The Fred Hersch Trio.
Porto
Editora lança O Livro Grande
de Tebas, Navio e Mariana de
Mário de Carvalho. IMAG.327-410-528-541-542-543-581-603-612-618-666
MEMÓRiA
29ABR1868-1937
- António Rodrigues da Silva Júnior: Arquitecto português, autor
de inúmeras obras no Estoril e em Cascais para aristocratas e
comerciantes ricos que desejavam ter, na zona, habitação permanente
ou de veraneio; fundador da Sociedade Teosófica Portuguesa, e membro
da Academia das Ciências.
23SET1938-1982
- Rosemarie Magdalena Albach, aliás Romy Schneider: Actriz austríaca
de cinema - «Na vida, não sou nada - mas, no ecrã, torno-me tudo».
IMAG.325-372-518-651
24SET1878-1947
- Charles-Ferdinand Ramuz, aliás C.F. Ramuz: Poeta e ficcionista
suíço - «O Leitor: Adeus, riquezas fabulosas, mandou-as à fava! /
Não disse nada a ninguém, destruiu / o livro e fugiu / e voltámos
ao velho tempo / menos o saco e o que tinha dentro.» (História
do Soldado). IMAG.611
25SET1888-1965
- Thomas Stearns
Eliot, aliás T.S. Eliot: - Poeta e dramaturgo inglês, distinguido
com o Prémio Nobel da Literatura (1948) - «A evolução de um
artista produz-se a partir de um sacrifício contínuo, de uma
constante extinção da personalidade… Nunca cessaremos de explorar
e, por fim, voltaremos ao ponto de partida, como se nada tivéssemos
conhecido». IMAG.196-497
1924-25SET2008
- Raymond Macherot: Artista de banda desenhada, criador de Clorofila
(1956) e Coronel Clifton
(1959) - «Um exemplo do talento multifacetado, um autor injustamente
pouco lembrado» (Pedro Cleto). IMAG.217-460

29SET1518-1594
- Jocopo Comin Robusti, aliás Tintoretto: Pintor italiano, mestre do
Maneirismo - «A pintura de Tintoretto é, em primeiro lugar, a
ligação apaixonada entre um homem e uma cidade… Veneza, inquieta,
maldita, produziu um inquieto, amaldiçoa nele a sua própria
inquietude» (Jean-Paul Sartre - 1953). IMAG.196-468
29SET1618-1680
- Juan Cererols Fornells, aliás Juan Cererols: Compositor e monge
espanhol, organista, harpista e violinista, pioneiro ibérico da
estética barroca.
1839-29SET1908
- Joaquim Maria Machado de Assis: Escritor brasileiro - «E enquanto
uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a
perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo,
cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços
e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade
necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.» (Quincas
Borba - 1891).
IMAG.196-229-231-253-337
1921-29SET2008
- Hayden Carruth: Poeta americano, crítico literário - «Li os
mesmos erros em milhares de livros, vi-os também em milhares de
filmes, e, como podem passar desapercebidos a alguns, que a eles
próprios se consideram artistas, é algo que ultrapassa a minha
compreensão». IMAG.218-333
domingo, agosto 20, 2017
IMAGINÁRiO #675
José
de Matos-Cruz | 16 Setembro 2018 | Edição Kafre | Ano XV – Semanal
– Fundado em 2004
PRONTUÁRiO
FASCÍNIOS
Os
rastos e os rostos da banda desenhada franco-belga atingiram uma
fascinante, insólita identidade no talento de Didier Comès
(1942-2013) - a par com Silêncio
(1979), A Doninha (1983),
A Árvore-Coração
(1988) ou A Casa Onde as
Árvores Sonham (1995) - em
Iris (1991):
por estilizado preto-e-branco, revelando uma recorrência estranha,
sobre os múltiplos mistérios da concepção, o fantástico enigma
do relacionamento, os signos e os poderes em que se ritualiza um
contraste de vivências - quanto aos seres, às situações, às
épocas e aos lugares. Afinal, um universo mágico, onírico,
simbólico, cuja latente mas poética virtualidade, em quadradinhos,
funde as referências artísticas e criativas, com o sortilégio da
leitura, explicitamente conotada aos privilégios do olhar. «As
pessoas têm medo daquilo que não compreendem… A intolerância de
alguns não deve fazer esquecer a generosidade de outros. Além
disso, o tempo não tem sentimentos…» Argumentista/ilustrador,
Didier Comès lograria em Iris
uma subtil conversão entre
os dilemas e as expectativas da aventura humana - pela psicologia das
personagens, ou nos prodígios da natureza. IMAG.457
CALENDÁRiO
1918-12MAI2017
- Antonio Candido de Mello e Souza, aliás Antonio Candido: Sociólogo
brasileiro, professor e analista literário, distinguido com o Prémio
Camões (1998) - «Um dos maiores mestres da língua portuguesa»
(Diogo Ramada Curto).
14OUT1927-23MAI2017
- Roger George Moore, aliás Roger Moore: Actor inglês, protagonista
de Simon Templar - O Santo /
The Saint (1962-1969 -
televisão) e de James Bond
007 (1973-1985 - cinema) -
«Nos meus primeiros anos como actor, disseram-me que, para ter
sucesso, era preciso personalidade, talento e sorte em igual medida.
Dispenso essa afirmação. Para mim, foi 99% de sorte. Não serve de
nada ser talentoso, se não se estiver no lugar certo e no momento
certo». IMAG.63-96-115-174-527
25MAI2017-25FEV2018
- Em Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, no âmbito do Bairro
dos Museus, Percurso Lusitano
- exposição de escultura de
Robert Schad (Alemanha).
25MAI2017
- ZulFilmes estreia Por Onde
Escapam as Palavras (2016) de
Luís Albuquerque; com Bruno Manique e Leonor Nobre.
1931-26MAI2017
- José Manuel Castello Lopes: Distribuidor e exibidor português de
cinema, herdeiro de Filmes Castello Lopes, co-fundador do cinema
Londres (1972) - «Uma pessoa que sempre lutou pelo cinema de
qualidade» (Lauro António). IMAG.115-180-201-342
27MAI-25JUN2017
- No Passeio Marítimo do Estoril, Câmara Municipal de Cascais
apresenta, com Fundação D. Luís I, a 8ª Edição da Exposição
ArteMar Estoril ’17, sendo comissária Luísa Soares de Oliveira.
02JUN-02JUL2017
- Em Setúbal, Casa da Cultura apresenta Festa
da Ilustração, sendo
artista convidado António Jorge Gonçalves.
IMAG.19-169-183-195-227-252-292-296-310-342-356-430-433-498-521-551-595-665
COMENTÁRiO
Incontornável,
não só por ser uma referência por tudo aquilo que trouxe de novo à
música, principalmente na segunda metade do Século XX, mas também
porque era uma figura carismática.
Luís
Tinoco
MEMÓRiA
1773-16SET1848
- Marquês de Maricá, aliás Mariano José Pereira da Fonseca:
Filósofo, escritor e político brasileiro - «Na decrepitude, não
pioramos de condição pela morte; se deixamos de gozar, também
cessamos de sofrer». IMAG.419
1897-18SET1948
- José Ângelo Cottinelli Telmo: Arquitecto e cineasta português,
realizador de A Canção de
Lisboa (1933) - «A corrida
esbaforida de Vasco Santana, atravessando Lisboa de capa ao vento,
dos Castelinhos até à Faculdade de Medicina, para fazer o exame,
até à célebre frase do esternocleidomastóideo,
é um monumento de cinema absolutamente genial, onde o arquitecto põe
a cidade a correr no movimento da câmara» (José-Augusto França -
Revista / Expresso
- 29NOV2014).
IMAG.78-94-95-115-130-154-164-180-222-545-634-638
1931-18SET2008
- Mauricio Kagel: Compositor, maestro e cenógrafo radicado na
Alemanha, autor de Torre de
Babel (2002) - «Embora
nascido na Argentina, é o melhor músico europeu» (John Cage).
IMAG.217-352
20SET1928-2007
- Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, aliás Alberto de
Lacerda: Poeta português, cofundador da revista Távola
Redonda, autor de Exílio
(1963) - «És linda como
haver Morte / depois da morte dos dias. / Solene timbre do fundo / de
outra idade se liberta / nos teus lábios, nos teus gestos. // Quem
te criou destruiu / qualquer coisa para sempre, / ó aguda até à
luz / sombra do céu sobre a terra, // libertadora mulher, / amor
pressago e terrível, // Primavera, Primavera!» (Diotima).
IMAG.163-624
TRAJECTÓRiA
Ministro
da Fazenda de D. Pedro I nascido no Rio de Janeiro, RJ, conhecido por
suas máximas, que retratam a mentalidade brasileira do período
situado entre a independência e o início do segundo reinado. Filho
do dono de uma padaria, condição que lhe valeria mais tarde o
apelido de dr. Biscoitinho, formou-se em matemática e filosofia na
Universidade de Coimbra (1793). Retornou ao Rio de Janeiro (1794) e
passou a frequentar as reuniões clandestinas da Sociedade Literária,
fundada (1786) pelo vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa e
dissolvida (1789), durante a devassa contra os conjurados mineiros.
Envolvido na conjuração fluminense, esteve preso (1794-1797), mas
recuperou o seu prestígio junto corte e com a vinda desta para o
Brasil, obteve a confiança real e ocupou importantes cargos, entre
os quais os de director-tesoureiro da Imprensa Régia e
administrador-tesoureiro da fábrica de pólvora (1808-1821). Com a
declaração da independência foi Ministro da Fazenda (1823-1825) e
nomeado senador vitalício por D. Pedro I. Antiescravocrata e com
ideias republicanas foi nomeado marquês (1826). Na literatura
publicou três colectâneas de máximas (1837/1839/1841) e morreu no
Rio de Janeiro. Mais de um século depois, a Casa de Rui Barbosa, do
Rio de Janeiro, lançou a edição Máximas,
Pensamentos e Reflexões do Marquês de Maricá
(1958), dirigida e anotada por Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira.
Cottinelli
Telmo
José
Ângelo Cottinelli Telmo nasceu em Lisboa, a 13 de Novembro de 1897.
Frequentou o Liceu Pedro Nunes. Em 1917, tornou-se decorador da
Lusitania Film, trabalhando em O
Homem dos Olhos Tortos, Mal
de Espanha e Malmequer
(1918) de Leitão de Barros. Em 1920, concluiu o curso de
Arquitectura da Escola Superior de Belas-Artes/ESBAL. Autor de banda
desenhada, assinando como Tio Pirilau, fundou e dirigiu o ABC-zinho
(1921). Responsável pelo
grafismo da revista Kino
(1930), foi ainda
Arquitecto-Adjunto dos Caminhos de Ferro Portugueses/CP (1923-1948),
colaborador do Ministério das Obras Públicas, membro da Comissão
das Construções Prisionais (1934). Em 1932, orientou a construção
dos estúdios da Tobis Portuguesa. Organizou o Pavilhão Português
das Exposições do Rio de Janeiro (1922) e de Sevilha (1928), a
Exposição do Mundo Português e a Fonte Monumental (1940), a Praça
do Império e a Zona Marginal de Belém (1941), o Monumento das
Descobertas, e a Cidade Universitária de Coimbra. Em 1938-1942,
dirigiu a revista Arquitectos.
Escritor, crítico,
ilustrador, animador cultural. Professor de Desenho no Liceu Pedro
Nunes. Distinguido com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. Cineasta
amador (entre outros, Canção
de Santa Cruz), dirigiu como
profissional A Canção de
Lisboa (1933) e as curtas
metragens Gente da Via,
Máquinas e Maquinistas e
Obras de Arte (1938).
Faleceu em Cascais, vítima
de uma onda quando pescava no Guincho, a 18 de Setembro de 1948.
BREVIÁRiO
Evidence
edita em CD, sob chancela Harmonia Mundi, Die
Stücke der Windrose de
Mauricio Kagel (1931-2008), por Ensemble Aleph, sob a direcção de
Michel Pozmanter.
Arte
de Autor edita A Balada do Mar
Salgado (1967) de Hugo Pratt
(1927-1995), e Corto Maltese -
Sob o Sol da Meia Noite (2015)
de Juan Díaz Canales e Ruben Pellejero.
IMAG.1-26-47-65-69-75-157-256-286-308-360-382-418-423-431-454-527-536-614-636
Naxos
edita em CD, Portuguese Music
for Cello and Orchestra por
Bruno Borralhinho, com Orquestra Gulbenkian sob a direcção de Pedro
Neves. IMAG.298
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