terça-feira, abril 21, 2020

FUNDA|MENTAL 37

José de Matos-Cruz | 24 Maio 2020 | Edição Kafre | Ano II – Semanário – Desde 2019
 
FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

24MAI1898-29JUN1974 - José Maria Ferreira de Castro, aliás Ferreira de Castro: Escritor português, ficcionista e jornalista - «Não. Não acusaria jamais. A ninguém! A ninguém! Depois do que vira, em si e nos outros, quando o instinto pode mais e acorda mil reacções ignoradas, mil imposições que tiranizam os próprios lúcidos e os desvairam, e os amarrotam, e os igualam aos que trazem alma primitiva, só havia a acusar a origem remota, que não fora perfeita na sua criação. Mas também ela era irresponsável e perdia-se na lenda ou na hipótese. // Não. A sua voz não poderia abrir-se em grandes tropos acusadores, sem que sua consciência e suas dúvidas se elevassem mais alto e a sufocassem e a emudecessem, irremediavelmente. Dedicar-se-ia ao cívil, à carreira consular ou à defesa, se a necessidade o obrigasse a debruçar-se sobre o pego insondável dos delitos humanos.» (A Selva - excerto, 1930).

28MAI1894-28MAR1966 - Artur Costa de Macedo e Oliveira, aliás Artur Costa de Macedo: Cineasta português, realizador documentarista, director de fotografia e produtor; fotógrafo, técnico de laboratório, inventor e escritor; carreira no Brasil.

30MAI1928-29MAR2019 - Arlette Varda, aliás Agnès Varda: Cineasta belga radicada em França, fotógrafa e artista plástica, casada com Jacques Demy, professora e realizadora de 2 Horas Na Vida de Uma Mulher/Cléo de 5 à 7 (1962) - «Tento concretizar o filme o mais perto possível do momento em que pensei nele… Preciso de fazer depressa, preciso de estar na exactidão do momento. Quero que o filme saia a partir do nada, e que a inspiração me empurre».

31MAI1746-20SET1819 - José Custódio de Faria, aliás Abade Faria: Teólogo luso-goês, revolucionário, cientista, professor de Filosofia - Entre os conjurados que tentaram derrubar o regime português em Goa (1787), defensor da Revolução Francesa (1789), praticante do magnetismo e da hipnose como tratamento médico, autor de Da Causa do Sono Lúcido No Estudo da Natureza do Homem (1819), imortalizado por Alexandre Dumas em O Conde de Monte Cristo (1844) - «Proclamou uma verdade quando ainda ninguém ousava encarar o problema do sonambulismo terra-a-terra, sem intervenções de fluidos ou de forças sobrenaturais» (Egas Moniz).

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

06FEV-31MAI2020 - Em Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado expõe Biografia do Traço - Coleção de Desenho (1836-1920), sendo curadora Maria de Aires Silveira.

18FEV1947-04FEV2020 - José Luis Cuerda Martínez, aliás José Luis Cuerda: Cineasta espanhol, produtor e argumentista, ligado ao surrealismo, realizador de A Educação das Fadas / La Educación de las Hadas (2006) - «Uma realidade distorcida continua a ser realidade».

29AGO1936-07FEV2020 - João Malaca Casteleiro: Linguista e investigador português, membro da Academia das Ciências de Lisboa (1979), professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1981), coordenador científico do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (2001), corresponsável pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990, em vigor desde 2009) - «Deu o seu contributo para o acordo, que não é perfeito, mas nenhum acordo o é. Assumiu uma posição sujeita a todas controvérsias» (António Valdemar).

13FEV2020 - Talentilicious produziu com Timelapse-Media, e estreia Para Além da Memória (2019) de Miguel Babo; com Lídia Franco e Gabriela Moreyra.

14FEV-26ABR2029 - No Centro Cultural de Cascais, Fundação D. Luís I apresenta Uma Antologia - exposição de pintura de Moita Macedo.

05DEZ1947-16FEV2020 - António José Bastos de Oliveira Martinho, aliás Tozé Martinho: Artista e escritor português, intérprete (desde Vila Faia - 1982) e guionista (após Roseira Brava - 1995) de televisão, actor de cinema (como La Guerrillera - 1981 de Pierre Kast, ou Sem Sombra de Pecado - 1982 de José Fonseca e Costa), ficcionista (Coisas do Dinheiro - 1983 / contos, e Dá-me Apenas Um Beijo - 2003 / romance) - «Aquilo que eu gosto mesmo é de representar coisas escritas por mim» (2014 - à Flash).

PASSA|TEMPO

Assírio & Alvim edita Poesia de António Botto (1897-1959); organização de Eduardo Pitta.
 
 

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