PRONTUÁRiO
CRUZAMENTOS
Uma
das convulsões mais trágicas do Universo DC Comics, Our
Worlds at War
expandiu-se, em 2001, por
diversas frentes de combate, quando inimagináveis forças ameaçam
os heróis e os cidadãos da Terra. Eis flagrantes incidências, nas
principais revistas titulares, cujas magníficas capas são assinadas
por Jae Lee:
em Batman -
por Ed Brubaker & Stefano
Gaudiano - o Cavaleiro das
Trevas investiga o que parece ser uma misteriosa derrocada na baixa
de Gotham, enquanto as relações entre Bruce Wayne e o Presidente
Lex Luthor se tornam insustentáveis; em Green
Lantern - por Judd
Winick, Dale Eaglesham & Rodney Ramos
- o Lanterna Verde enfrenta o seu pior inimigo, Sinestro, tentando
preencher
o buraco deixado pelo desaparecimento do planeta Plutão; em Young
Justice - por Dan
Abnett, Andy Lanning & Todd Nauck
- os jovens aventureiros são extraídos
do nosso tempo, por Linear
Man, e refeitos no futuro com a missão de neutralizarem a Renegade
Consciousness, responsável pelas fracturas temporais. Tal
afecta ainda Wonderwoman, Nightwing, The Flash ou Harley Quinn…
CALENDÁRiO
29NOV2018-26MAR2019
- Em Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda expõe, na Galeria D. Luís,
Uma História de Assombro |
Portugal-Japão - Séculos XVI-XX,
sendo comissárias Alexandra Curvelo e Ana Fernandes Pinto.
12DEZ2018-08FEV2019
- Em Lisboa, Kunsthalle Lissabon apresenta Astray:
Prologue - instalação de
Caroline Mesquita (França), sendo curadora Sofia Lemos.
13DEZ2018-21FEV2019
- Em Lisboa, Galeria Balcony apresenta Las
Golondrinas - exposição
múltipla de Maya Saravia (Guatemala), sendo comissário Sérgio
Fazenda Rodrigues.
1943-17DEZ2918
- Carole Penny Marshall, aliás Penny Marshall: Cineasta americana,
produtora e actriz, realizadora de Big
(1988) - «Ela nasceu com um
grande dom. Era divertida, e sabia por instinto como revelar os seus
talentos» (Rob Reiner).
1939-28DEZ2018
- Amos Klausner, aliás Amos Oz: Escritor e jornalista israelita,
intelectual e professor de literatura, autor de O
Meu Michael (1968) - «Os
prémios literários são uma coisa estranha. Eu escrevo livros, tal
como bebo água ou respiro. Não posso deixar de beber água, de
respirar nem de escrever».
03JAN2019
- NOS Audiovisuais estreia O
Grande Circo Místico (2018)
de Carlos Diegues; coprodução de Fado Filmes, com Vincent Cassel e
Nuno Lopes.
17JAN-31MAR2019
- Em Lisboa, Museu do Oriente apresenta Reflexões:
Homem e Natureza - exposição
de pintura de Bireswar Sen (1897-1974, Índia).
VISTORiA
As
paixões humanas pareciam dever morrer aos pés daquelas grandes
árvores que protegiam semelhante asilo dos ruídos do mundo e o
retemperavam dos ardores do Sol.
– Mas
que desordem! – disse o senhor d’Albon de si para consigo, depois
de apreciar a sombria expressão que as ruínas imprimiam àquela
paisagem como que fulminada por uma maldição. Dir-se-ia um local
funesto abandonado pelos homens. Por toda a parte a hera estendia os
seus nervos tortuosos e as suas ricas roupagens. Musgos castanhos,
esverdeados, amarelos ou vermelhos espalhavam o seu colorido
romântico pelas árvores, pelos bancos, pelos telhados, pelas
pedras. As janelas carcomidas estavam meio consumidas pelas chuvas,
devoradas pelo tempo; as varandas quebradas, os terraços demolidos.
Honoré
de Balzac
-
O Último Adeus
(1830 – excerto)
MEMÓRiA
1845-16AGO1900
- José Maria Eça de Queiroz, aliás Eça de Queiroz: Escritor e
diplomata português - «O que são há 20 anos os partidos em
Portugal? Que pensamento traduzem? Que grande facto social querem
realizar? Formam-se, desagregam-se, dissolvem-se, passam, esquecem,
sem que deles fique uma edificação aceitável, uma criação
fecunda. Estabelecem patronatos, constroem filiações, arregimentam
homens e braços trabalhadores, preparam terreno e solo robusto, onde
eles possam sem embaraço tomar as livres atitudes do aparato e da
vaidade reluzente. Nada mais fazem. Nascem infecundamente, morrem
esterilmente» (O Distrito de
Évora – 1867).
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16AGO1920-1994
- Henry Charles Bukowski Jr, aliás Charles Bukowski: Ficcionista e
poeta americano, nascido na Alemanha, autor de Histórias
de Loucura Normal (1983) - «O
amor é uma espécie de preconceito. Amamos o que nos é preciso,
amamos o que nos faz sentir bem, amamos o que é conveniente. Como
podemos dizer que amamos uma pessoa, quando há dez mil outras no
mundo que amaríamos mais, se as conhecêssemos? Porém, nós nunca
as conheceremos».
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17AGO1920-2015
- Maureen FitzSimons, aliás Maureen O’Hara: Actriz e cantora
americana, de origem irlandesa - «Ela foi, de facto, a “rainha do
technicolor”,
servindo o seu cabelo ruivo e os olhos esverdeados para exaltar as
maravilhas do sistema cromático que, muito justamente, associamos à
idade de ouro da produção americana» (João Lopes). IMAG.114-592
1903-17AGO1980
- Domingos Monteiro Pereira Júnior, aliás Domingos Monteiro:
Escritor português - «No fundo do vale, o Douro serpeava como um
fio e para ele olhou com ternura como para o seu mais útil obreiro,
porque todos os anos adubava com os limos das suas cheias a sua
melhor quinta.». IMAG.178-446
1799-18AGO1850
- Honoré Balzac, aliás Honoré de Balzac:
Escritor
francês - «Custa
mais ser-se amante que marido, pela simples razão de que é mais
difícil ser espirituoso todos os dias do que dizer coisas bonitas
uma vez por outra».
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18AGO1920-2006
- Shirley Schrift, aliás Shelley Winters: Actriz americana de
cinema, teatro e televisão - «Em Hollywood, todos os casamentos são
felizes. Os problemas surgem, apenas, quando as pessoas tentam viver
juntas». IMAG.76-117
20AGO1890-1937
- Howard Phillips Lovecraft, alias H.P. Lovecraft: Escritor americano
- «Aquilo que não está morto, pode jazer eternamente… E, em
estranhas circunstâncias, até a morte pode morrer».
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1863-21AGO1940
- Carlos António Rodrigues dos Reis, aliás Carlos Reis: Pintor
naturalista e histórico, retratista, professor, criou o Grupo Ar
Livre - mais tarde, Grupo Silva Porto - no qual reuniu colegas e
estudantes em busca de lugares pitorescos para exercerem sua arte -
«[Referindo-se à paisagem] Não é pois um crime de lesa-arte e de
lesa-natura não a amar, não a tratar, não fazer dela um motivo,
sempre espiritual, das nossas telas, reservando ela notas e emoções
para os temperamentos diversos?» (A
República - 1915).
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22AGO1880-1944
- George Joseph Herriman, aliás George Herriman: Artista americano
de banda desenhada, ilustrador e caricaturista, autor de Krazy
Kat (1913-1944) - «A mais
engraçada e fantástica e estimulante obra de arte produzida na
América hoje» (Gilbert Seldes - 1924). IMAG.124-309-464-544
22AGO1920-2012
- Ray Douglas Bradbury, aliás Ray Bradbury: Escritor americano,
mestre da literatura fantástica e de ficção científica, autor de
Fahrenheit 451
(1953) - «Os melhores cientistas estão abertos à experimentação,
e esta começa como um romance, ou seja, com a ideia de que tudo é
possível… Mas, nós somos uma impossibilidade num universo
impossível». IMAG.103-412-587
COMENTÁRiO
Fahrenheit
451
Há
mais de uma maneira de queimar um livro. E o mundo está cheio de
pessoas que andam por aí com caixas de fósforos. Cada minoria -
seja de teor Baptista, Unitário, Irlandês, Italiano, Octogenário,
Zen Budista, Sionista, Adventista, Feminista, Republicano - acha que
tem o direito, ou o dever, de dosear o querosene e acender o fogo. O
chefe do corpo de bombeiros Capitão Beatty, no meu romance
Fahrenheit 451,
descreve como os livros foram queimados primeiramente pelas minorias,
rasgando uma página ou duas… Até que, quando os livros já
estiverem vazios e as cabeças fechadas, a biblioteca acabará por
encerrar para sempre.
Há
tempos, descobri que, através dos anos, alguns editores da
Ballantine Books, com medo de contaminarem
os jovens, tinham, pouco a pouco, censurado 75 fragmentos distintos
do meu romance. Os estudantes, depois de lerem o meu livro,
escreveram-me para me contarem essa delicada ironia. Entretanto,
Judy-Lynn del Rey, um dos novos responsáveis da Ballantine Books,
está novamente a reeditar o livro, e desta vez publicando a versão
integral, com todos os diabos
e infernos
de volta ao seu lugar.
Ray
Bradbury
(1979-1987)
EPISTOLÁRiO
O
riso é a mais útil forma da crítica, porque é a mais acessível à
multidão. O riso dirige-se não ao letrado e ao filósofo, mas à
massa, ao imenso público anónimo. É por isso que hoje é tão útil
como irreverente rir das ideias do passado: a multidão não se ocupa
de ideias, ocupa-se das fórmulas visíveis, convencionais das
ideias. Por exemplo: o povo em Portugal, nas províncias, não é
católico - é padrista: que sabe ele da moral do cristianismo? da
teologia? do ultramontanismo? Sabe do santo de barro que tem em casa,
e do cura que está na igreja.
Eça
de Queiroz
-
Carta a Joaquim de Araújo
-
25FEV1878
BREVIÁRiO
Câmara
Municipal de Matosinhos edita Óscar
Lopes [1917-2013]
- Retrato de Rosto de Manuela
Espírito Santo. IMAG.241-456-629-741
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