PRONTUÁRiO
AFEIÇÕES
Exemplar
quanto à intemporalidade que celebra as obras-primas de Walt Disney,
A Dama e o Vagabundo
- realizado em 1955 por Hamilton Luske, Clyde Geronimi & Wilfred
Jackson - ficaria na história da Companhia como o primeiro filme de
animação em Cinemascope. Estamos na tranquila periferia duma cidade
americana, pelo início do Século XX. Recém-casados, Jim oferece a
Darling a cadelinha Dama, que se sente abandonada quando um filho
está para nascer. Um dia, os donos da casa têm que se ausentar,
deixando o bebé e Dama aos cuidados de uma tia. O pior é que Sarah
possui dois gatos siameses, que fazem a vida negra a Dama. Esta foge,
acabando por conhecer o afectuoso e valente Vagabundo, que salva a
criança atacada por um rato. Como recompensa, Darling e Jim aceitam
em família o cão vadio, que fará Dama muito feliz e mãe
extremosa… Eis uma divertida e aliciante fábula
social, sempre disponível
para ser apreciada pelos mais pequeninos!
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CALENDÁRiO
07NOV2018-25FEV2019
- Em Lisboa, Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia / MAAT
apresenta Haus Wittgenstein -
Arte, Arquitectura & Filosofia
- exposição múltipla / colectiva sobre os 90 anos da casa em Viena
do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951), sendo
curador Nuno Crespo. IMAG.224-320
15NOV2018-16FEV2019
- Em Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal / BNP expõe Sob
a Chama da Candeia: Francisco de Holanda [1517-1584]
e os Seus Livros,
sendo comissária Sylvie Deswarte-Rosa. IMAG.471-625
17NOV2018-12JAN2019
- Em Lisboa, Galeria 111 apresenta O
Corpo Dentro do Corpo Dentro do Corpo
- exposição de fotogramas de Márcia Xavier (Brasil).
17NOV2018-19JAN2019
- Em Coimbra, Câmara Municipal apresenta, na Sala da Cidade, Hikari
(Luz, Light) - exposição de
fotografia de Pedro Medeiros, sendo curador Filipe Ribeiro.
10DEZ2018-24FEV2019
- Museu de Lisboa apresenta, no Torreão Poente da Praça do
Comércio, Silêncio e
Memória: 23 Prémios Nobel de Literatura -
exposição de fotografia de Kim Manresa (Espanha), sendo comissário
Miguel Ángel Invarato.
12DEZ2018-03MAR2019
- No Porto, Museu de Arte Contemporânea de Serralves expõe Joan
Miró [1893-1983] e
a Morte da Pintura, sendo
comissário Robert Lubar Messeri. IMAG.356-415-640-689
13DEZ2018-16MAI2019
- Em Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, na Casa das Histórias
Paula Rego, a exposição de pintura Paula
Rego: Anos 80, sendo curadora
Catarina Alfaro.
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14DEZ2018-27JAN2019
Em Braga, Museu da Imagem apresenta Olhares
Secretos do Parque Nacional Peneda-Gerês - exposição
de fotografia de Carlos Pontes.
15DEZ2018-24FEV2019-
No Centro Cultural de Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, com
Associação
de Amigos de Loiça de Sacavém/AALS, a mostra A
Família Real e a Loiça de Sacavém.
IMAG.106-289
MEMÓRiA
1926-08AGO2010
- Patricia Patsy Louise Neal, aliás Patricia Neal: Actriz americana
de teatro e cinema, distinguida com um Tony (1947) por Another
Part of the Forest de Lillian
Hellman, e com um Oscar por Hud
- O Mais Selvagem Entre Mil
(1963) de Martin Ritt - «Frequentemente, a minha vida foi comparada
com uma tragédia grega… E a actriz que sou não pode negar essa
comparação».
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1926-13AGO2010
- José Maria de Figueiredo Sobral: Escultor, ceramista, pintor,
gráfico, ilustrador, cenarista, poeta e dramaturgo português - «Sou
um surrealista barroco» - cuja obra patenteia «o rigor e a procura
do surpreendente e do imprevisível» (Álvaro Lobato de Faria).
IMAG.320-547
1884-14AGO1960
- Jaime Zuzarte Cortesão, aliás Jaime Cortesão: Escritor e
historiador português - «Sem uma larga renovação dos estudos
históricos não se renovará também a consciência nacional… O
novo ideal colectivo deverá mergulhar as suas raízes no passado»
(Prefácio a Modo de Memórias
- O Infante Sagres - 1960).
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TRAJECTÓRiA
Jaime
Cortesão
De
seu nome completo Jaime Zuzarte Cortesão, nasceu em 1884 perto de
Cantanhede, mas muito jovem a sua família se transferiu para próximo
de Coimbra, onde iniciou os estudos. A sua vida de estudante
universitário foi uma sucessão de experiências depressa
abandonadas (passou por Grego, Direito e Belas-Artes) antes de se
fixar em Medicina, que terminaria em Lisboa com uma tese que espelha
já a sua multiplicidade de interesses (A
Arte e a Medicina - Antero de Quental e Sousa Martins).
A medicina não era, porém, a sua paixão; exerceu-a sem grande
entusiasmo, e cedo se entregou a outras atividades, nomeadamente ao
ensino (nos liceus e mais tarde nas Universidades Populares criadas
durante a República), à literatura e à política. As suas
tendências literárias e o seu interesse pela política, que sempre
andaram a par, vincariam toda a sua vida de adulto em Portugal e no
estrangeiro. Escritor (poeta, dramaturgo, contista, memorialista),
colaborou na concretização de diversas publicações que marcaram a
vida intelectual do primeiro quartel do nosso século (A
Águia, Renascença,
Seara Nova).
As suas atividades políticas, iniciadas ainda durante a Monarquia,
revestiram-se de grande riqueza e diversidade: participou ativamente
na conspiração republicana que iria conduzir ao 5 de outubro de
1910, nas movimentações políticas conducentes à queda da ditadura
de Pimenta de Castro em 1915, e opôs-se tanto ao sidonismo como ao
salazarismo, o que lhe valeu por diversas vezes a prisão e
finalmente o exílio; convidado para Ministro da Instrução, não
aceitou o convite, mas foi deputado e, apesar da imunidade que essa
qualidade lhe dava, ofereceu-se como voluntário para as forças
expedicionárias na Primeira Guerra Mundial, assim dando consistência
à sua posição política favorável à participação de Portugal
no conflito; filiado na Maçonaria, acabou por se desvincular daquela
organização ao cabo de vários anos de participação irregular nas
suas atividades. Opositor do fascismo, combateu-o mesmo antes do 28
de maio, procurando, pela propaganda, evitar o seu acesso ao poder,
sendo forçado a exilar-se após o golpe que instituiu a Ditadura
Militar. O exílio levá-lo-ia a França e a Espanha, onde
simultaneamente conspirava e efetuava as investigações históricas
que já então constituíam o cerne das suas preocupações
intelectuais. A queda da República Espanhola (1939) força-o a
abandonar o país vizinho, fixando-se em França, de onde escapa
novamente, desta vez regressando a Portugal, quando aquele país
sofre a invasão nazi. Preso novamente, novamente se exila, desta vez
para o Brasil, onde foi docente, jornalista e conferencista,
destacando-se ainda como investigador da História de Portugal e da
sua expansão e da História da formação do Brasil. No
desenvolvimento desta fértil atividade intelectual, produz um vasto
conjunto de obras inovadoras de grande fôlego, que lhe granjeiam
reconhecimento internacional, tanto pelo rigor da investigação e
pela clareza da exposição como pela solidez das teses defendidas.
No fim da sua vida, visitou regularmente Portugal, tendo regressado
definitivamente apenas em 1957. A sua avançada idade não lhe
permitiu aceitar a proposta da Oposição ao Estado Novo de se
candidatar à Presidência da República, em 1958, mas não o impediu
de continuar a lutar contra o regime, tendo sido um dos autores de um
Programa para a Democratização
da República que só viria a
público alguns meses depois do seu falecimento em 1960.
EPISTOLÁRiO
A
mim se me afigura que a fusão de duas populações diferentes, a do
norte e a do sul, dando origem a um etnos
novo, com sua licença! e o próspero desenvolvimento de Portugal,
fizeram com que enfim, um povo uno, original e novo compreendesse a
sua missão de gente que habitava a extrema ocidental europeia em
frente ao Atlântico.
Quanto
ao seu ideal lusitano, deixe-me dizer-lhe que é apoucado, estreito,
fraccionário até. O Sérgio resume-se, afinal, a conceder ao
português umas botas de coiro áspero e sola cardada. É
conveniente, é mesmo indispensável para nos firmarmos bem no chão;
mas, que diabo, é pouco. Porque não deixa pensar e sentir
largamente e a seu modo?
Jaime
Cortesão
-
O Parasitismo e o
Anti-Historismo: Carta a António Sérgio
(excerto)
OUT1913
- Vida Portuguesa
VISTORiA
Cartas
à Mocidade
Que
valem para a glória da França e da humanidade os seus guerreiros,
os seus monarcas e potentados, se os compararmos com os nomes de
Pasteur, Lavoisier ou Descartes? No cortejo do coroamento de Jaime I
de Inglaterra, Shakespeare figurava entre os mais pobres, com o seu
manto oferecido, de seis shillings. Hoje poucas pessoas conhecerão o
nome dum só dos faustosos dignitários que seguiam o rei, enquanto o
génio de Shakespeare exalta cada vez mais o coração dos homens em
todo o mundo. Os papas sucedem-se há séculos e nenhum deles teve
sobre a humanidade a influência de São Francisco de Assis, com o
facto, na aparência tão simples, de falar ao sol, aos pobres, às
aves e às feras, como a seres irmãos.
Jaime
Cortesão
-
Seara Nova
- Nº 3 (1921, excerto)
BREVIÁRiO
Almedina
edita Hikari (Luz, Light)
de Pedro Medeiros.
Em
As Aventuras de Blake e
Mortimer, Asa II edita O
Vale dos Imortais - Ameaça
Sobre Hong Kong de Yves
Sente, Teun Berserik & Peter Van Dongen, segundo as personagens
de Edgar P. Jacobs (1904-1987).
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Warner
edita em CD, sob chancela Erato, Felix Mendelssohn
[1809-1847]:
Quartets por Quatuor Arod.
IMAG.175-205-394-465-572-633-693-765
Dom
Quixote edita Os Contos de
Giuseppe Tomasi de Lampedusa (1896-1957); tradução de Maria do
Carmo Abreu. IMAG.105-189-276-295-410-591-619
Flop
edita 145 Poemas de
Konstantinos Kafávis (1863-1933); tradução e apresentação de
Manuel Resende.
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