terça-feira, julho 06, 2021

FUNDA|MENTAL 101

José de Matos-Cruz | 24 Setembro 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

26SET1888-04JAN1965 - Thomas Stearns Eliot, aliás T.S. Eliot: Escritor americano, naturalizado britânico (1927), poeta (como The Love Song of J. Alfred Prufrock - 1910-1915, ou The Waste Land - 1922) e dramaturgo (logo Murder In the Cathedral - 1935), ensaísta e editor, crítico literário, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura (1948) - «A evolução de um artista produz-se a partir de um sacrifício contínuo, de uma constante extinção da personalidade… Nunca cessaremos de explorar e, por fim, voltaremos ao ponto de partida, como se nada tivéssemos conhecido».

26SET1898-11JUL1937 - Jacob Bruskin Gershowitz, aliás George Gershwin: Artista americano, compositor e pianista; autor de peças orquestrais como Rapsody In Blue (1924) e An American In Paris (1928), ou da ópera Porgy and Bess (1935 - que inclui a ária Summertime) - «De certo modo, a vida é como o jazz… Funcionamos melhor, quando improvisamos. / Daria tudo o que tenho por um pouco do génio de que Schubert precisou, para compor a sua Ave Maria [1825]».

27SET1922-28SET2010 - Arthur Hiller Penn, aliás Arthur Penn: Realizador e encenador americano, produtor de cinema, teatro e televisão, director de Bonnie e Clyde / Bonnie and Clyde (1967) - «Em Hollywood, os melhores acabam por arrepender-se… Já não existe mercado para os filmes que eu poderia dirigir. Os épicos de ficção científica e as fitas ao gosto juvenil estão fora dos meus parâmetros». F|M.28

ARTE|FACTO

BONNIE E CLYDE (1967)

Há cerca de meio século, o cinema americano recriava uma das suas mais ultrajantes sagas - Bonnie and Clyde de Arthur Penn, filme baseado em factos autênticos, que as lendas tornaram famigerados. Com argumento de David Newman & Robert Benton, Penn construiu uma ponte entre a sagração clássica, segundo os valores tradicionais; e a rotura de vanguarda, pela qual se forjou uma mitologia desumana.

A acção decorre nos Estados Unidos, pelas décadas de ’20 e ’30 do Século XX, narrando o encontro afectivo e violento de Bonnie Parker e Clyde Barrow, cujo gangue - em incursões rápidas e brutais, sobretudo no assalto a bancos, entre o Texas e o Oklahoma - perturbará a consciência de uma nação, marcada pelo caos moral, a perversão social. Nada ficaria como dantes: a aventura criminal, segundo os códigos convencionais; o espectáculo popular, em virtualização histórica; o culto ritual, sobre os modelos éticos e heróicos. E o imaginário de Hollywood atingiu a maturidade, trocando o estado de graça pela exploração de temas controversos, pela perspectiva crítica sobre o mundo e as pessoas. F|M.28-54

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

14ABR1964-15MAI2021 - Maria João Gonçalves Abreu Soares, aliás Maria João Abreu: Actriz portuguesa de teatro (profissional, desde 1983), televisão (como Médico de Família - 1998-2000 / SIC) e cinema; intérprete de António, Um Rapaz de Lisboa (2000 - Jorge Silva Melo), de Call Girl (2007 - António-Pedro Vasconcelos) ou de Florbela (2012 - Vicente Alves do Ó) - «Toda a sua vida foi de amor ao teatro, pelo qual tinha enorme paixão. Em tudo o que fazia, queria ser perfeita» (Filipe La Féria).

15MAI-24SET2021 - Em Vila Nova da Barquinha, Galeria do Parque apresenta É Tempo Que a Pedra Se Decida a Florir - exposição de desenho de Luís Silveirinha, sendo curador João Pinharanda.

16MAI-30DEZ2021 - Em Lisboa, Padrão dos Descobrimentos expõe Visões do Império - a fotografia como elemento fundamental da história do moderno colonialismo português, sendo coordenadores Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes.

18MAI-26SET2021 - Em Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado expõe Meu Amigo – Obras e Documentos da Colecção Ernesto de Sousa (1921-1988), com organização de Isabel Alves. F|M.80-88-97

PASSA|TEMPO

Vasco Santos Editor lança Prufrock e Outras Observações de T.S. Eliot (1888-1965); tradução de Bernardo Pinto de Almeida.

Assírio & Alvim edita O Livro dos Gatos Práticos do Velho Gambá de T.S. Eliot (1888-1965); tradução de Daniel Jonas.

Câmara Municipal de Cascais edita Aquele Agreste Mês de Julho – Ensaio e Crítica Literários de Júlio Conrado.

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