sábado, setembro 26, 2015

IMAGINÁRIO #576



José de Matos-Cruz | 24 Agosto 2016 | Edição Kafre | Ano XII – Semanal – Fundado em 2004


PRONTUÁRiO
 
PRODÍGIOS
Em 1977, estreava o segundo grande filme de antecipação e fantástico dos tempos actuais, após 2001 - Odisseia No Espaço / 2001: A Space Odyssey (1968) de Stanley Kubrick. Sagrando Encontros Imediatos do Terceiro Grau / Close Encounters of the Third Kind, um espectáculo inexcedível de emoções e deslumbramento - onde pela primeira vez se foca, de uma forma coerente e fascinante, o convívio entre humanos e seres de outros mundos. Uma inolvidável aventura, com Edição Especial (1980), concebida por Steven Spielberg - segundo o que poderia constituir uma nova era para a civilização a que pertencemos, sem descurar o cunho realista de que, verosimilmente, deveria revestir-se.
A fórmula ideal resultou, mantendo a intensidade de mistério e maravilhoso, quanto aos alienígenas, embora dotando os seus anfitriões de capacidade e conhecimento tecnológico, suficientes para um contacto. Sendo protagonistas Richard Dreyfuss, Melinda Dillon, François Truffaut e Tery Garr, o grande trunfo e triunfo resulta na excepcional virtualidade dos efeitos especiais de Douglas Trumbull (o mesmo de 2001), a que a música de John Williams suscita uma extensão prodigiosa.
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CALENDÁRiO

¨20JUN-20SET2015 - Em Lisboa, Fundação EDP expõe no Museu da Electricidade, em parceria com Centro Nacional de Cultura, 1915, O Ano de Orpheu, sendo comissário Steffen Dix. IMAG.64-498-513-561

¸1941-22JUN2015 - Laura Antonaz, aliás Laura Antonelli: Actriz de cinema, natural da Croácia e naturalizada italiana, intérprete de Malícia (1973 - Salvatore Samperi) - «Era a mulher que, através da sua sedução natural, se revelava capaz de abalar o equilíbrio do tradicional espaço familiar, de alguma maneira iniciando os mais jovens nos enigmas do sexo e do prazer» (João Lopes). IMAG.241

¯1953-22JUN2015 - James Roy Horner, aliás James Horner: Compositor americano, especializado em música para cinema, colaborador de Steven Spielberg, Oliver Stone, e de James Cameron - em Titanic (1997 - Oscars pela banda sonora e pela canção original) ou Avatar (2009) - «Cada filme é diferente, e permite-me uma liberdade criativa apropriada ao tema em concreto».

¸25JUN2015 - Cine-Clube de Avanca co-produziu, e estreia Timor Loro Sae (2004) de Vítor Lopes.

¸09JUL2015 - O Som e a Fúria produziu, e estreia Volta à Terra de João Pedro Plácido.

¸09JUL2015 - Zêzere/Rui Mendes produziu, e estreia O Primeiro Verão de Adriano Mendes; com Anabela Caetano e Adriano Mendes.

VISTORiA

La Cogida y la Muerte

¨Un ataúd con ruedas es su cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas sueñan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombras de la tarde!
Federico Garcia Lorca
- Llanto por Ignacio Sánchez Mejías (excerto)
VISTORiA

¨Não sou já mancebo. Crieime em cortes; andei por esse mundo; atentava para as cousas; guardava as na memoria. Vi, li, ouvi. Estes serão os textos, estes os livros, que citarei a V. M. neste papel; donde juntas algũas historias, que me forё lembrando, póde mui bem ser não sejaõ agora menos uteis, que essa maquina de Gregos, e Romanos, de que os que chamamos doutos, para cada cousa nos fazem prato, que às vezes nos enfastìa.
Ora, assentamos, que qualquer mudança causa estranhesa. Mudar de hũas casas a outras he em algũa maneira esquivo. Seguese logo que não se mudará a vida sem algum receio.
Porque se perca, imagine V. M. que para este estado naceo, e o criáraõ seus pais. Este foi o que V. M. sabia o estava esperando. Este lhe he proprio, o outro alheo.
Ninguё se queixa de haver chegado ao fim de seu caminho.
Considere que aqui não padece algũa força sua liberdade: antes, assì como aquelle que sobe açodado por hũa escada ingreme, quãtos mais são os degraos, mais deseja de achar hum mainel em que descanse; assí tambem, subindo o homё pella escada da vida, quantos mais são os annos, quanto mais soltamente os vai vivendo, tanto lhe he mais necessario o repouso de hum honrado casamento; que jà por essa razão lhe chamamos Estado, por ser não sò fim, mas tambem descanso.
Tem V. M. subido, senão muitos degraos, digo, senão tem vivido muitos annos, vivido tem aquelles que bastem; e ainda mal porque a tal curso, que bem pode jà dar o descanso a que chega, por chegado ao melhor tempo.
Paga o filho a seu pae em se casar, aquelle beneficio que recebeo delle.
Pois se seu pai não casára, o filho não fora. Vão assi os homёs cõtribuindo hũs aos outros; e todos à memoria dos que lhe derão ser, a que, despois de Deos, somos mais obrigados que a tudo o mais.
Espantãose os moços cõ o que ouvem dizer do casamento de ordinario aos mal casados, porque, senhor, ha V. M. de saber, que muito mais certo he que o mantimento bom se converta no mao humor que em nòs acha, do que converter o mao humor nessa sua boa virtude.
Parecelhes aos moços intoleravel a carga do Matrimonio. He, senhor, pesadissima para os que a não sabё levar; para os que sabem, he ligeira. Hũa arroba de ferro ao hombro carrega hum homem, que com o facil artificio de duas rodas póde levar hum quintal. Não excede o peso do casamento nossas forças, faltalhe as mais das vezes nossa prudencia para que o sustente: e de aí vem que nos pareça grande.
D. Francisco Manuel de Mello
- Carta de Guia de Casados (1651 - excerto)
MEMÓRiA

¨ 1898-19AGO1936 - Federico Garcia Lorca: Poeta e dramaturgo espanhol - «Se não me inquietou nascer, também não terei medo de morrer!». IMAG.38-108-173-404-526

¨ 1608-24AGO1666 - D. Francisco Manuel de Mello: Escritor português, ligado ao Barroco - «Ame-se o que é para amar; / veja-se o que é para ver; / ver só para venerar, / venerar para entender, / entender para louvar.» (O Canto de Babilónia - excerto). IMAG.83

¢1490-27AGO1576 - Tiziano Vecellio, aliás Ticiano: Pintor veneziano, ligado ao Renascimento - «Os últimos quadros são elaborados com largas e ousadas pinceladas e manchas, de modo que, de perto, não se pode ver nada, enquanto a certa distância parecem perfeitos» (Giorgio Vassari - 1566). IMAG.154

¨ 28AGO1916-2013 - John Holbrook Vance, aliás Jack Vance: Escritor americano, cujas obras «demonstram a sua capacidade para conceber estranhos mundos futuros e sociedades insólitas e exóticas» (Encyclopedia of Science Fiction). IMAG.468

¨ 1911-30AGO2006 - Naguib Mahfouz: Escritor egípcio, Prémio Nobel da Literatura em 1988 - «Reconhecemos as pessoas inteligentes, pelas suas respostas. Aos sábios, damos por eles, graças às suas perguntas».

¢1898-31AGO1986 - Henry Spencer Moore, aliás Henry Moore: Escultor e ilustrador britânico - «Em certa medida, toda a arte é uma abstracção… A verdadeira base da vida está nas relações humanas».

PARLATÓRiO

¢Quando me foi oferecido um local próximo à Câmara dos Lordes… Gostei do lugar, tanto que não me preocupei em procurar um local alternativo em Hyde Park. Esculturas solitárias podem ficar perdidas num grande parque. Mas, a Câmara dos Lordes é um sítio bem diferente. Fica ao lado de um local onde as pessoas sempre passam caminhando, embora tenha poucos lugares onde possam sentar-se e contemplar calmamente.
Henry Moore
- Sobre Knife Edge Two Piece (1962),
para o Green College (Londres)

BREVIÁRiO

¨Assírio & Alvim edita A Estrada do Esquecimento e Outros Contos de Fernando Pessoa (1888-1935); organização de Ana Maria Freitas.
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¨Imprensa Nacional re-edita A Colonização de Angola e o Seu Fracasso de Orlando Ribeiro (1911-1927); prefácio de Suzanne Daveau. IMAG.45-343-398-420

¯Distrirecords edita em CD, sob chancela Piano Classics, Claude Debussy [1862-1918]: Préludes - Book I & II por Hiroko Sasaki. IMAG.252-291-301-349-375-383-438-535-540
 

sábado, setembro 19, 2015

IMAGINÁRIO #575

José de Matos-Cruz | 16 Agosto 2016 | Edição Kafre | Ano XII – Semanal – Fundado em 2004



PRONTUÁRiO
 
BIZARRIAS
O que acontece quando alguns dos artistas mais inovadores dos quadradinhos actuais deitam a mão aos mais populares super-heróis do DC Universe? A resposta é Bizarro Comics - uma colectânea surpreendente, divertida, subversiva, irresistível, distinguida com os prémios Eisner e Harvey em 2002, para Melhor Antologia. A começar pela capa de Matt Groening, o irreverente criador de The Simpsons, e continuando com Letitia Lerner, Superman’s Babysitter de Kyle Baker & Liz Glass. Páginas antes, a imaginação do editor Chris Duffy ressalta na ilustração por Stephen DiStefano (Mazing Man, Hero Hotline) - com o extravagante Mr. Mzyzptlk revivendo da 5ª Dimensão, ameaçada por dois alienígenas irresponsáveis, que pretendem enfrentar o próprio Superman! Felizmente, o Homem-de-Aço está indisponível, entretido com outras proezas sensacionais - de Jessica Abel (Artbabe), Bill Wray (The Ren & Stimpy Show), Eddie Campbell (From Hell), Dave Cooper (Weasel), Bob Fingerman (Minimum Wage), Dylan Horrock (The Names of Magic), Tony Millionaire (Sock Monkey) ou Jay Stephens (Land of Nod)

                          
CALENDÁRiO

¢29MAI-17JUL2015 - Em Lisboa, Espaço Chiado 8 expõe João Onofre Na Colecção António Cachola, sendo comissário Delfim Sardo.

¢18JUN-26OUT2015 - No Centro de Arte Moderna/CAM, em Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian expõe X de [António] Charrua (1925-2008), sendo curadoras Ana Ruivo e Leonor Nazaré. IMAG.212

¢20JUN-20SET2015 - No Porto, Museu de Arte Contemporânea de Serralves expõe Sob as Nuvens: Da Paranoia ao Sublime Digital, sendo curador João Ribas.

24JUN-31JUL2015 - Em Lisboa, Palácio de São Bento expõe Portugal - Eusébio; a propósito da Concessão de Honras / Panteão Nacional a Eusébio da Silva Ferreira (1942-2013) em 03JUL. IMAG.496

¨26JUN-12JUL2015 - Em Cascais, Fundação D. Luís I apresenta, na Casa de Santa Maria, CIBA - Cascais International Book Art 2015.

¨26JUN-12JUL2015 - No Centro Cultural de Cascais, Fundação Luís I expõe Papéis Marmoreados de Antonio Vélez Celemín.

26JUN-25OUT2015 - Em Lisboa, Museu de São Roque / Santa Casa da Misericórdia expõe De Roma Para Lisboa - Um Álbum [Weale] Para o Rei Magnânimo, sendo comissária Teresa Vale.
           
MEMÓRiA

¢1912-11AGO1956 - Jackson Pollock: Artista plástico americano, ligado ao expressionismo abstracto - «Eu não pinto a natureza, eu sou a natureza». IMAG.109-225-356-364

¨ 1924-21AGO1986 - Alexandre O’Neill: Escritor português, co-fundador do Movimento Surrealista de Lisboa - «Vós, que trabalhais só duas horas / a ver trabalhar a cibernética, / que não deixais o átomo a desoras / na gandaia, pois tendes uma ética; // que do amor sabeis o ponto e a vírgula / e vos engalfinhais livres de medo, / sem peçários, calendários, Pílula, / jaculatórias fora, tarde ou cedo» (Aos Vindouros, Se os Houver - excerto). IMAG.16-18-53-83-149-182-213-495-572
 
¨1820-22AGO1886 - José da Silva Mendes Leal: Escritor, jornalista, diplomata e político português - «Cabeça altiva e fantasiosa nos domínios da arte era, ao mesmo passo, reflexiva e serena nas regiões positivas. Assim é que, subindo da imprensa e da tribuna para o Poder, se desempenhou como é notório» (Bulhão Pato). IMAG.540

¸1895-23AGO1926 - Rodolfo Alfonso Raffaello Pierre Filibert Guglielmi di Valentina D'Antonguolla, aliás Rodolfo Valentino: Actor italiano, radicado nos EUA - «Eu sou, apenas, uma tela em branco, sobre a qual as mulheres pintam as suas fantasias». IMAG.513


VISTORiA

Indianas

¨Se algum caía por terra,
Sob a turba, ou pelo ardil,
Dava-lhe as honras da guerra
O próprio moiro anafil.

Eram-lhes feras mortalhas
De Ormuz e Diu as muralhas,
Nas homéricas batalhas
De quarenta contra mil!
Mendes Leal
 (excerto)

Bom e Expressivo
 
¨Acaba mal o teu verso,
mas fá-lo com um desígnio:
é um mal que não é mal,
é lutar contra o bonito.

Vai-me a essas rimas que
tão bem desfecham e que
são o pão de ló dos tolos
e torce-lhes o pescoço,

tal como o outro pedia
se fizesse à eloquência,
e se houver um vossa excelência
que grite: – Não é poesia!,

diz-lhe que não, que não é,
que é topada, lixa três,
serração, vidro moído,
papel que se rasga ou pe-

dra que rola na pedra…
Mas também da rima «em cheio»
poderás tirar partido,
que a regra é não haver regra,

a não ser a de cada um,
com sua rima, seu ritmo,
não fazer bom e bonito,
mas fazer bom e expressivo
Alexandre O'Neill
- De Ombro Na Ombreira
INVENTÁRiO

POLLOCK

¸Num âmbito tão complexo e imperativo como a indústria artística sob o signo de Hollywood, é difícil perspectivar - sobretudo nestes tempos actuais - uma experiência tão intensa e significativa como a de Ed Harris em Pollock (2000). Implicações que vão para além do seu estatuto como produtor, realizador e protagonista assumindo um projecto pessoal, longo e penoso, pois estendem-se à personalidade e peripécias que envolvem ou evoluem através do testemunho realista em causa.
Conta a lenda que tudo remonta a 1986, quando Harris fez trinta e seis anos e o pai lhe ofereceu um livro sobre Pollock. Não por apreço especial ao pintor, mas apenas porque achou o sujeito na fotografia da capa parecido com o filho. Ed acabou por ler a biografia Jackson Pollock: An American Saga de Steven Naifeh & Gregory White Smith, ficando de tal modo entusiasmado que encomendou um argumento alusivo a Barbara Turner & Susan J. Emshwiller, enquanto prosseguia a carreira.
Nos anos seguintes dessa actividade prestigiosa - que lhe valeu nomeações aos Oscars como actor secundário em Apollo 13 (1995 - Ron Howard) ou A Vida Em Directo (1998 - Peter Weir) - Harris passou os tempos livres a atrair financiamentos, familiarizar-se com a volúvel marca de Pollock, assumir os fantasmas desse universo criativo e o modo peculiar como ele lidava com os pincéis. Por detrás de Pollock estava um talento fascinante, e por detrás deste uma personalidade controversa.
Tudo principia com os anos ’50, encontrando-se Pollock - considerado pelo crítico Clement Greenberg o mestre do expressionismo abstracto - no auge do sucesso. Mas logo se recua a finais de 1941, quando a pintora Lee Krasner começa a assediar o estúdio de Pollock, em Greenwich Village. São momentos difíceis com o raio da guerra, ainda nas sequelas da depressão. Fala-se e fuma-se, tanto como o intratável artista, afinal um ser humano vulnerável, se dissipa pelo álcool.
Krasner casa com ele, consciente de que também está a ser caçada. A sua obra própria fica relegada, promovendo a de Pollock. Nessa sobrevivência e subserviência, Nova Iorque vai recuperando a dignidade social e a categoria das elites, pelo favoritismo de coleccionadores como a milionária Peggy Guggenheim. Durante uns tempos, fora da metrópole, um Pollock refeito e abstémio compensará a devoção de Krasner, até ser de novo apanhado pela destruição e mulheres como Ruth Klingman.
Pollock era um génio, tinha aquela técnica de trabalhar com a tela no chão, para se sentir «mais próximo e enleante», mas sobretudo distinguia-se pelo seu rasgo plástico, num estilo revolucionário e impressionante. Porém, o criador naufragaria no turbilhão de um estro melancólico, ríspido, instável e maníaco-depressivo. Atormentado por um desequilíbrio intenso entre a pureza e a verdade da concepção, consumido no alvoroço dos seus demónios íntimos e crepusculares.
Devastado em tal vertigem pseudo-suicidária, Pollock sucumbiu, embriagado, num acidente de automóvel em 1956, o qual faria ainda outra vítima fatal… No processo nu e cru dum retrato que vacila para as margens, mas se firma no enquadramento, Harris transfere-se em testemunho autêntico, íntegro, da direcção à representação. Aliás, perturba essa assunção referencial, personificando o contrito Pollock na essência mais misteriosa da revelação, enquanto ser liberto em pleno ritual de produzir.
A pertinácia de Harris e o desempenho de um Pollock temperamental, céptico, radical, colocaram-no entre os candidatos ao Oscar para o melhor actor, sendo Marcia Gay Harden justamente galardoada na categoria secundária, ao irradiar uma paciente e cativante Krasner. O que de ambos persiste, além dos dissabores cúmplices ou dos despojos conjugais, é um tremendo mas fascinante testemunho sobre os parâmetros de uma certa América, entre cultura e civilização, em meados do Século XX.
                     
BREVIÁRiO

¨Dom Quixote edita Se Não Agora, Quando? de Primo Levi (1919-1987); tradução de José Colaço Barreiros. IMAG.126-236-244-412-416

¨Guerra & Paz edita João Abel Manta – Não se Distorce a Cara de Um Homem; diálogo com José Jorge Letria. IMAG.172-193-195-224-280-292-312-482-572