Revelando, desde as
primeiras manifestações, contactos e referências quanto às suas
congéneres, logo europeias e americanas, a banda desenhada em
Portugal cedo exprimiu, pela criatividade artística ou no apreço
dos leitores, uma motivação original sobre os temas explorados e as
distintas facetas de concretização.
Entre a afirmação dos pioneiros e a evolução das vanguardas, as nossas histórias em quadradinhos consumar-se-iam por singulares talento e longevidade. Para além de escolas, de movimentos, ou de eventuais alcances jornalísticos e editoriais. Por outro lado, o recurso tecnológico tornou-se mais que um suporte relevante.
Pelas vertentes lúdica e didáctica, sob os auspícios culturais ou de entretenimento, fluindo o privilégio do imaginário quanto ao primado narrativo, em sagração realista, poética ou fantástica, da evocação tradicional à perspectiva actual ou futurista, sobressaem o engenho e a sensibilidade, o fascínio, a espontaneidade e o apuro.
Detalhando o esboço pelo domínio da maturidade, conferindo interesse juvenil ao entrecho para adultos, envolvendo alternativas em prol da simplicidade, suscitando a ponderação no desfecho da aventura, exercendo verosimilhança pelo contexto simbólico, expandindo uma cadência subtil entre contrastes e subentendidos...
Em testemunho e representatividade, Quadradinhos Portugueses propõe um percurso esparso mas sintomático por tais Olhares & Estilos, para o qual se convocaram autores de várias épocas e tendências. A todos, foi solicitada uma escolha prévia e pessoal a partir dos materiais disponíveis, e que considerassem significativos.
Atendendo às diversas fases de concepção e processamento, bem como ao modo próprio de elaboração por cada artista, expõem-se diferentes tipos de imagens ou pranchas – delineadas, finalizadas, digitalizadas ou impressas, em preto e branco ou a cores. Eis a dinâmica peculiar e complexa que caracteriza os quadradinhos.
Tributo e memória, convite ao sonho, ensaio ou reinvenção, revitalização convencional, projecto insólito, matriz das consciências, viagem alegórica, fulcro de identidades, sagração colectiva, portal da evasão – em realce modelar por indícios e palavras, alusões e silêncios, sugerindo ou ilustrando, em rotura ou reincidência…
Ao salientar uma visão autónoma em banda desenhada, pelas virtualidades gráficas e estéticas, sobre quaisquer géneros ou abordagens, reflectem-se ainda os aspectos múltiplos de partilha e contiguidade. Assim ressalta, também, de uma ampla experiência entre nós – e que, agora, temos patente nos seus traços e estímulos essenciais.
Entre a afirmação dos pioneiros e a evolução das vanguardas, as nossas histórias em quadradinhos consumar-se-iam por singulares talento e longevidade. Para além de escolas, de movimentos, ou de eventuais alcances jornalísticos e editoriais. Por outro lado, o recurso tecnológico tornou-se mais que um suporte relevante.
Pelas vertentes lúdica e didáctica, sob os auspícios culturais ou de entretenimento, fluindo o privilégio do imaginário quanto ao primado narrativo, em sagração realista, poética ou fantástica, da evocação tradicional à perspectiva actual ou futurista, sobressaem o engenho e a sensibilidade, o fascínio, a espontaneidade e o apuro.
Detalhando o esboço pelo domínio da maturidade, conferindo interesse juvenil ao entrecho para adultos, envolvendo alternativas em prol da simplicidade, suscitando a ponderação no desfecho da aventura, exercendo verosimilhança pelo contexto simbólico, expandindo uma cadência subtil entre contrastes e subentendidos...
Em testemunho e representatividade, Quadradinhos Portugueses propõe um percurso esparso mas sintomático por tais Olhares & Estilos, para o qual se convocaram autores de várias épocas e tendências. A todos, foi solicitada uma escolha prévia e pessoal a partir dos materiais disponíveis, e que considerassem significativos.
Atendendo às diversas fases de concepção e processamento, bem como ao modo próprio de elaboração por cada artista, expõem-se diferentes tipos de imagens ou pranchas – delineadas, finalizadas, digitalizadas ou impressas, em preto e branco ou a cores. Eis a dinâmica peculiar e complexa que caracteriza os quadradinhos.
Tributo e memória, convite ao sonho, ensaio ou reinvenção, revitalização convencional, projecto insólito, matriz das consciências, viagem alegórica, fulcro de identidades, sagração colectiva, portal da evasão – em realce modelar por indícios e palavras, alusões e silêncios, sugerindo ou ilustrando, em rotura ou reincidência…
Ao salientar uma visão autónoma em banda desenhada, pelas virtualidades gráficas e estéticas, sobre quaisquer géneros ou abordagens, reflectem-se ainda os aspectos múltiplos de partilha e contiguidade. Assim ressalta, também, de uma ampla experiência entre nós – e que, agora, temos patente nos seus traços e estímulos essenciais.
José de Matos-Cruz
Quadradinhos Portugueses - Olhares & Estilos
Cidadela Art District | 24 Junho-3 Setembro | Entrada gratuita
Cidadela Art District | 24 Junho-3 Setembro | Entrada gratuita
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