JOSÉ DE MATOS-CRUZ (Mortágua, 1947) licenciou-se em Direito pela Universidade
de Coimbra (1973) e foi um dos pioneiros na divulgação da banda desenhada em
Portugal, começando por publicar um dos três primeiros fanzines nacionais, Copra (1972) e co-fundar em Coimbra o grupo
Boomovimento, que organizou uma das iniciais manifestações de B.D. do país, o
designado “I Encontro de Banda Desenhada Nacional” (1973), na Figueira da Foz,
além de promover outros eventos que sedimentaram a arte sequencial entre nós. Em Lisboa, esteve na fundação do Clube Português de Banda Desenhada (1976) e
colaborou em publicações estrangeiras (como El Globo, ¡Bang!,
Comics Camp/Comics In, Sunday – Espanha, Il Fumetto – Itália, Falatoff – França).
É também editor de livros de poesia e prosa pela sua chancela, Kafre, tendo feito crítica de cinema e de banda desenhada em jornais e revistas desde os anos '60; mais tarde, especializou-se no sector com a coluna Quadradinhos no jornal A Capital (1983-2004) e em textos de investigação n'O Mosquito e álbuns das editoras Futura (Portugal) e Eseuve (Espanha), além de fundar e dirigir as revistas Ploc! e Aleph, bem como colaborou regularmente no célebre Mundo de Aventuras. Posteriormente, participou nos livros Vasco Granja: Uma Vida ..1000 Imagens (Asa) e Fadas Láureas (Prime Books). Com uma extensa bibliografia, em edições individuais e colectivas, trabalhou na Cinemateca Portuguesa, onde foi o responsável pela Filmografia Portuguesa e, ainda no campo do audiovisual, foi precursor da áudio-descrição e assessor de produção e consultor de programação na RTP, além de professor convidado na Escola Superior de Teatro e Cinema e docente na Licenciatura de Cinema da Universidade Moderna.
De volta à banda desenhada, reviveu a sua personagem O Infante
Portugal (vulgo Rui Ruivo) – criada originalmente num conto de Os SobreNaturais, sequela ao livro Os EntreTantos (2003) – em auto-edição pela chancela Kafre (2007),
expandida e culminante em trilogia pela Apenas Livros, que, mais recentemente, publica também a subsequente série Aurora Boreal (2017-2020), ilustradas por quarenta célebres ilustradores portugueses.
Ambas personagens foram adaptadas à banda desenhada em duas edições que culminam as respectivas sagas, nomeadamente O Infante Portugal em Universos Reunidos (2017) e Aurora Boreal em Reflexos Partilhados (2021), coeditada por Kafre e Arga Warga.
Pelo contributo para a B.D. portuguesa, cinema de animação e percurso de carreira, recebeu Prémio Simão (1993) pela Associação Velho Pelicano, a Menção Honrosa Especial (1997) pelo Salão Sobreda, o Troféu do Júri do VIII Troféus Central Comics (2011), e os Troféu CinemAnimação e Troféu de Honra pelo 23º AmadoraBD (2012), algumas das várias distinções que tem granjeado pela dedicação às artes e às letras. Em banda desenhada, foi também laureado com o XVI Troféu Central Comics por Melhor Obra Curta (2018), com o Prémio Especial Anim'Arte - BD (2022), pelo GICAV e revista Anim'Arte, e com o II TCC:HD/Troféu Central Comics: Heróis da Década por Melhor Obra Curta da Década, com Daniel Maia e Susana Resende (2024).
Pelo contributo para a B.D. portuguesa, cinema de animação e percurso de carreira, recebeu Prémio Simão (1993) pela Associação Velho Pelicano, a Menção Honrosa Especial (1997) pelo Salão Sobreda, o Troféu do Júri do VIII Troféus Central Comics (2011), e os Troféu CinemAnimação e Troféu de Honra pelo 23º AmadoraBD (2012), algumas das várias distinções que tem granjeado pela dedicação às artes e às letras. Em banda desenhada, foi também laureado com o XVI Troféu Central Comics por Melhor Obra Curta (2018), com o Prémio Especial Anim'Arte - BD (2022), pelo GICAV e revista Anim'Arte, e com o II TCC:HD/Troféu Central Comics: Heróis da Década por Melhor Obra Curta da Década, com Daniel Maia e Susana Resende (2024).
Em 2024, foi condecorado pelo Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, com o grau de Comendador da Ordem do Mérito, pelo seu contributo enquanto historiador e investigador.
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