segunda-feira, novembro 08, 2021

FUNDA|MENTAL 118

 José de Matos-Cruz | 01 Fevereiro 2022 | Edição Kafre | Ano IV – Semanário – Desde 2019

FENDA|MENTAL

JUSTA|POSIÇÃO

03FEV1809-04NOV1847 - Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy, alias Felix Mendelssohn: Compositor e maestro, pianista e organista alemão, ligado ao romantismo; autor de óperas, oratórias, sinfonias, concertos, música de câmara, para órgão e piano - «As palavras parecem-me tão ambíguas, tão imprecisas, tão facilmente mal interpretadas - em comparação com a verdadeira música, que preenche o espírito bem melhor que um texto escrito… Os pensamentos expressos pela minha música favorita são reveladores, e não demasiado indefinidos, como os transmitidos pela literatura».

06FEV1608-18JUL697 - Padre António Vieira: Escritor e diplomata português, filósofo e orador da Companhia de Jesus - «O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa».

ALGO|RITMO

ÁLVARO DO CARVALHAL

Álvaro do Carvalhal Sousa Teles  nasceu em Padrela, no concelho de Valpaços, a 3 de Fevereiro de 1844. Iniciou a sua actividade literária com dezassete anos, quando, ainda aluno do liceu, publica a peça O Castigo da Vingança. A escolha de temas profundamente inquietantes, onde se cruzam o fantástico, o exótico, a ironia e o medo, fazem dele um caso singular na literatura oitocentista portuguesa. Longo seria o caminho até que as letras portuguesas lhe abrissem o seu corredor, reconhecendo o valor inestimável das narrativas recolhidas em Contos, que tentou ao máximo preparar antes de ser vitimado por um aneurisma. Morreu a 14 de Março de 1868, com apenas vinte e quatro anos, enquanto frequentava o 4.º ano de Direito na Universidade de Coimbra.

PORTA|VOZ

Há-de tomar o pregador uma só matéria, há-de defini-la para que se conheça, há-de dividi-la para que se distinga, há-de prová-la com a Escritura, há-de declará-la com a razão, há-de confirmá-la com o exemplo, há-de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão-de seguir, com os inconvenientes que se devem evitar; há-de responder às dúvidas, há-de satisfazer as dificuldades, há-de impugnar e refutar com toda a força de eloquência os argumentos contrários, e depois disto há-de colher, há-de apertar, há-de concluir, há-de persuadir, há-de acabar. Isto é sermão, isto é pregar e o que não é isto, é falar de mais alto. Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão-de nascer todos da mesma matéria, e continuar e acabar nela.

Padre António Vieira
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Sermão da Sexagésima (excerto - 1655)

FUNDA|MENSAL

ACTUAL|IDADE

07NOV1942-31AGO2021 - Pedro Andrade Efe, aliás Pedro Efe: Cineasta português; actor (desde O Passado e o Presente (1971 - Manoel de Oliveira), realizador (assim Lisboa 94, Capital da Cultura - 1994), produtor de cinema e televisão (como História do Cinema Português (após 1995); técnico (iluminador, fotógrafo, grupista) de António Faria e Fernando Lopes a João Botelho, de António de Macedo e Alberto Seixas Santos a António-Pedro Vasconcelos; membro de Cinegra ou Unifilme, de Tobis Portuguesa (1982), sócio fundador de Cinequanon (1974), e de Acetato (1987); distinguido com o Prémio Sophia Carreira 2019 - «Um profissional versátil e polivalente, uma personalidade intensa e carismática» (António Martins).

25JUN1925-02SET2021 - Maria Isabel Guerra Bastos Gonçalves, aliás Isabel da Nóbrega: Escritora portuguesa; ficcionista e dramaturga, cronista e tradutora; autora de Viver Com os Outros (1964) ou de Solo Para Gravador (1973) - «…Sugere um grande, um inesgotável conhecimento de casos e coisas, coisas vividas, textos religiosos e literários, terminologias científicas, problemas de casuística familiar, conhecimentos colhidos em campos heterogéneos de convivência ou de informação que os jornais não registam, colhidos em viagens, leituras e arte, uma fina percepção de motivações, sobretudo femininas» (Óscar Lopes).

PASSA|TEMPO


Livros do Brasil edita, na colecção Clássicos Portugueses,
Os Canibais e Outros Contos de Álvaro do Carvalhal (1844-1868); introdução e fixação de texto por Gianluca Miraglia.

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