José de Matos-Cruz | 1 Maio 2021 | Edição Kafre | Ano III – Semanário – Desde 2019
FENDA|MENTAL
JUSTA|POSIÇÃO
05MAI1818-14MAR1883 - Karl Heinrich Marx, aliás Karl Marx: Intelectual alemão, historiador e sociólogo, filósofo e economista, ensaísta e revolucionário, autor de O Manifesto Comunista (1848) - «A utilização da força de trabalho é o próprio trabalho. O comprador da força de trabalho consome-a, fazendo o vendedor dela trabalhar. Este, ao trabalhar, torna-se realmente no que antes era apenas potencialmente: força de trabalho em acção, trabalhador. Para o trabalho reaparecer em mercadorias, tem de ser empregado em valores-de-uso, em coisas que sirvam para satisfazer necessidades de qualquer natureza. O que o capitalista determina ao trabalhador produzir é, portanto, um valor-de-uso particular, um artigo especificado. A produção de valores-de-uso muda a sua natureza geral, por ser levada a cabo em benefício do capitalista ou estar sob o seu controle. Por isso, temos inicialmente de considerar o processo de trabalho à parte de qualquer estrutura social determinada.» (O Capital - excerto, 1867-1894).
07MAI1925-05JAN2008 - Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco, aliás Luiz Pacheco: Escritor português, crítico e editor - «Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro; e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio morno nu ou numa cabecita de bebé, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pernas e braços, bafos, suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem, compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva.» (Comunidade - excerto, 1964).
07MAI1928-28MAI2016 - Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara, aliás D. Vicente da Câmara: Fadista português, intérprete e autor, distinguido com o Prémio Amália Rodrigues / Carreira (2013) - «Tinha um gosto muito grande pelo repertório clássico do fado, aqueles fados estróficos castiços, que entretanto foram passando um pouco de moda, e que ele continuou a cultivar com uma galhardia e com uma graça muito grandes» (Rui Vieira Nery).
FUNDA|MENSAL
ACTUAL|IDADE
1945-17DEZ2020 - Celina Pereira: Artista cabo-verdiana, fixada em Portugal (1970); cantora e escritora, professora e pedagoga; contadora de histórias; intérprete de Bobista, Nha Terra / Oh, Boy! (1979), de Força di Cretcheu (1986), de Estória, Estória… No Arquipélago das Maravilhas (1990) ou de Areias Mornas de Bubista (2019); autora de A Sereia Mánina e os Seus Sapatos Vermelhos (2018) - «Artista e activista da nossa cultura. Seu nome também fica marcado ao processo que consagrou a morna a património imaterial da humanidade, algo que orgulha toda a nação crioula. Marcou gerações, e o seu legado será preservado e lembrado» (Ulissses Correia e Silva).
19DEZ2020-23MAI2021 - Em Cascais, Fundação D. Luís I expõe, na Casa das Histórias Paula Rego, Paula Rego / Josefa de Óbidos [1630-1684]: Arte Religiosa No Feminino, sendo curadora Catarina Alfaro. F|M.12-23-29-36-38-49
PASSA|TEMPO
André Morgado edita, sob chancela Bicho Carpinteiro / PPL, Virar a Página: Antologia de BD, em colectivo de 66 argumentistas e ilustradores.
Dom Quixote edita Quichotte de Salman Rushdie; tradução de J. Teixeira de Aguilar.
Em As Aventuras de Blake e Mortimer, Asa II edita O Grito do Moloch de Jean Dufaux, Christian Caulleaux, Étienne Schreider & Laurence Croix, segundo as personagens de Edgar P. Jacobs (1904-1987). F|M.29-45-56
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