Um
fascinante cruzamento, em referência e testemunho, entre modos
lúdicos de informação, meios consagrados de divulgação e métodos
artísticos de expressão, consuma-se
na concepção
e na criatividade de mestre José Garcês (1928-2020), atribuindo à
figuração narrativa uma componente interactiva, quanto à função
pedagógica e ao entretenimento, ao privilégio clássico ou às
propostas de revitalização.
Com
uma carreira intensa e multifacetada (a partir de 1946, n’O
Mosquito)
– em incidências sociais, políticas, e nas primordiais
implicações comunitárias – para José Garcês, «o autor de
banda desenhada procura transmitir, ao público em geral, uma
mensagem visual apoiada num texto, e essa mensagem não terá de ser
igual para um adulto ou uma criança com menos de dez anos. Se o
conseguir, melhor para todos».
Sendo
ainda pintor, ilustrador e autor de construções de armar, José
Garcês tratou em quadradinhos, por revistas, jornais e separatas, ou
em livro e em álbum, com uma importante vertente didáctica, e
notáveis valências gráficas e estéticas, os mais variados
assuntos e géneros, desde a biografia, a natureza, a arquitectura e
os temas militares, à História de Portugal, das cidades e vilas, ou
à ênfase literária.
IMAG.24-70-78-117-129-149-226-251-256-258-265-321-361-374-416-430-598-627-648-656-678-733-748-769-Extra
Sem comentários:
Enviar um comentário