PRONTUÁRiO
RIVALIDADES
No
Século XIII, o rei de Inglaterra, Edward I, apodera-se da Escócia,
cujo monarca faleceu sem herdeiro. Perverso, sem escrúpulos, submete
o povo e alicia a nobreza, com títulos e propriedades. Entretanto,
aí regressa William Wallace, após errar pelo mundo. Partira jovem,
quando o pai foi vítima de Edward, e logo reconhece a bela Murron,
com quem brincara em criança. Apaixonados, Murron e William casam em
segredo, para evitar o privilégio sobre a noiva, na primeira noite
nupcial, concedido por Edward aos senhores da terra. A morte de
Murron, em circunstâncias trágicas, incita o bravo coração de
William, por vingança e liberdade. Logo atrai seguidores, sucedem-se
as vitórias, mas os fidalgos vacilam, sob interesses ou
rivalidades…
Assumindo integralmente O Desafio do Guerreiro (1995), através da sua companhia Icon, Mel Gibson definiu William Wallace como «um homem comum, vindo do povo, mas que chegou a mudar o curso da história». A rodagem decorreu na Irlanda e na Escócia, enquadrando uma paisagem em que se reflectem os intemporais valores humanos - «honra, coragem e lealdade». IMAG.16-62-99-169-527-612
Assumindo integralmente O Desafio do Guerreiro (1995), através da sua companhia Icon, Mel Gibson definiu William Wallace como «um homem comum, vindo do povo, mas que chegou a mudar o curso da história». A rodagem decorreu na Irlanda e na Escócia, enquadrando uma paisagem em que se reflectem os intemporais valores humanos - «honra, coragem e lealdade». IMAG.16-62-99-169-527-612
CALENDÁRiO
27OUT2017-21JAN2018
- Em Santo Tirso, Museu Internacional de Escultura Contemporânea
apresenta Jeu de 54 Cartes
- exposição de fotografia de Jorge Molder.
IMAG.165-237-252-475-491-505-570-612-631
17NOV2017-13JAN2018
- Em Lisboa, Galeria 3 + 1 apresenta Pausa
- exposição de escultura em madeira e obras sobre papel de Claire
de Santa Coloma (Argentina).
23NOV2017-20JAN2018
- Na Caparica, Convento dos Capuchos apresenta Fluxos
- exposição de fotografia de Roberto Santandreu (Chile).
01DEZ2017-31JAN2018
- Em Águeda, Centro de Artes apresenta Subway
Life - exposição de desenho
de António Jorge Gonçalves.
IMAG.19-169-183-195-227-252-292-296-310-342-356-430-433-498-521-551-595-665-675
01DEZ2017-31MAI2018
- No Palácio de Monserrate, Parques de Sintra expõe Monserrate
Revisitado - A Colecção
[Francis] Cook
[1817-1901] Em Portugal.
1943-06DEZ2017
- Jean-Philippe Léo Smet, aliás Johnny Hallyday: Cantor e actor
francês - «Iniciou a França ao rock
& roll, é um dos poucos
cantores [franceses] tidos como um animal do palco» (Philippe Le
Corre). IMAG.42
09DEZ2017-13MAI2018
- Em Vila
Franca de Xira, Museu do Neo-Realismo apresenta A
Sexta Parte do Mundo -
exposição de André Guedes, Marcelo Felix, Maria Trabulo e Nikolai
Nekh, no âmbito do centenário da Revolução Russa, sendo curadoras
Sandra Vieira Jürgens e Paula Loura Batista, e inaugurando o ciclo
de arte contemporânea Cosmo/Política.
14DEZ2017-30SET2018
- Em Vila
Franca de Xira, Museu do Neo-Realismo expõe Miúdos,
a Vida às Mãos Cheias - A Infância do Neo-Realismo Português,
sendo curadoras Carina Infante do Carmo e Violante F. Magalhães.
VISTORiA
As
Pombas…
Vai-se
a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada…
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada…
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada…
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada…
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais…
Raimundo
Correia
VISTORiA
Quando
a consistência do governo da maior parte das cortes da Europa se
acha enervada e enfraquecida, ou com discórdias e divisões
intestinas, como está sucedendo em França e Inglaterra, ou com
sedições clandestinas e cinzânias brotadas pelas venenosas raízes
jesuíticas, que não puderam arrancar até agora, como está
sucedendo em Espanha, Sabóia, Roma e grande parte de Itália e
Alemanha, depois de terem visto os estrangeiros, pelo contrário, que
em todo o Portugal e seus domínios não soam outras razões que não
sejam as que baixam do real trono de S.M., que lhe são ouvidos com
suma reverência, por se acharem vassalos do mesmo senhor
constituídos na finíssima fé de que ele só resolve e determina o
que é mais útil aos seus vassalos e de que a todos os ama e ampara
como a filhos, e não como a súbditos…
Marquês
de Pombal
-
Cartas e Outras Obras Selectas
(excerto)
As
Rosas de Santa Isabel
– «Onde
ides, correndo asinha,
Onde ides, bela Rainha,
Onde ides, correndo assim?
Porque andais fora dos Paços?
Que peso levais nos braços?
Oh! Dizei-mo agora a mim?…»
A Santa, regalos novos,
Frutas, pão, e carne, e ovos,
No regaço e braços seus,
Sem cuidar ser surpreendida,
Ia levar farta vida
Aos pobrezinhos de Deus.
Coram-lhe as faces formosas,
E responde: – «Levo rosas…»
Dom Dinis deitou-lhe a mão,
Ao regaço, de repente;
Mas de rubra cor vivente
Só rosas lá viu então!…
Como o tempo era passado,
Nos jardins, no monte e prado,
De rosas e toda a flor,
El-rei, cheio de piedade,
Nas rosas da caridade
Viu a bênção do Senhor!
E daquele rosal dela
Tirando uma rosa bela,
Que guardou no peito seu,
Disse-lhe: – «Em paz ide agora,
Que eu me encomendo, Senhora,
À Santa, ao Anjo do Céu.»
Onde ides, bela Rainha,
Onde ides, correndo assim?
Porque andais fora dos Paços?
Que peso levais nos braços?
Oh! Dizei-mo agora a mim?…»
A Santa, regalos novos,
Frutas, pão, e carne, e ovos,
No regaço e braços seus,
Sem cuidar ser surpreendida,
Ia levar farta vida
Aos pobrezinhos de Deus.
Coram-lhe as faces formosas,
E responde: – «Levo rosas…»
Dom Dinis deitou-lhe a mão,
Ao regaço, de repente;
Mas de rubra cor vivente
Só rosas lá viu então!…
Como o tempo era passado,
Nos jardins, no monte e prado,
De rosas e toda a flor,
El-rei, cheio de piedade,
Nas rosas da caridade
Viu a bênção do Senhor!
E daquele rosal dela
Tirando uma rosa bela,
Que guardou no peito seu,
Disse-lhe: – «Em paz ide agora,
Que eu me encomendo, Senhora,
À Santa, ao Anjo do Céu.»
João
de Lemos
Príncipe
Príncipe:
Era de noite quando eu bati à tua porta
e na escuridão da tua casa tu vieste abrir
e não me conheceste.
Era de noite
são mil e umas
as noites em que bato à tua porta
e tu vens abrir
e não me reconheces
porque eu jamais bato à tua porta.
Contudo
quando eu batia à tua porta
e tu vieste abrir
os teus olhos de repente
viram-me
pela primeira vez
como sempre de cada vez é a primeira
a derradeira
instância do momento de eu surgir
e tu veres-me.
Era de noite quando eu bati à tua porta
e tu vieste abrir
e viste-me
como um náufrago sussurrando qualquer coisa
que ninguém compreendeu.
Mas era de noite
e por isso
tu soubeste que era eu
e vieste abrir-te
na escuridão da tua casa.
Ah era de noite
e de súbito tudo era apenas
lábios pálpebras intumescências
cobrindo o corpo de flutuantes volteios
de palpitações trémulas adejando pelo rosto.
Beijava os teus olhos por dentro
beijava os teus olhos pensados
beijava-te pensando
e estendia a mão sobre o meu pensamento
corria para ti
minha praia jamais alcançada
impossibilidade desejada
de apenas poder pensar-te.
São mil e umas
as noites em que não bato à tua porta
e vens abrir-me.
Ana
Hatherly
-
Um Calculador de
Improbabilidades (2001)
MEMÓRiA
06MAI1819-1890
- João de Lemos Seixas de Castelo Branco, aliás João de Lemos:
Poeta, dramaturgo e jornalista português - «Mas se não amo, nem
posso, / Que pode então isto ser? / Coração, se já morreste, /
Porque te sinto bater? / Ai, desconfio que vives / Sem tu nem eu o
saber. // Porque a olho quando a vejo? / Porque a vejo sem a olhar? /
Porque longe dos meus olhos / Me andam os seus a lembrar? / Porque
levo tantas horas / Nela somente a pensar?» (Não
Te Entendo, Coração).
IMAG.226-244-259
08MAI1929-2015
- Ana Hatherly: Artista portuguesa, escritora, pintora, cineasta,
professora universitária - «Que é voar? / É só subir no ar, /
levantar da terra o corpo, os pés? / Isso é que é voar? / Não. //
Voar é libertar-me, / é parar no espaço inconsistente / é ser
livre, leve, independente / é ter a alma separada de toda a
existência / é não viver senão em não-vivência. // E isso é
voar? / Não. / Voar é humano / é transitório, momentâneo… /
Aquele que voa tem de poisar em algum lugar: / isso é partir / e não
voltar.» (Que
É Voar?).
IMAG.63-208-233-435-461-580-641-689-703
13MAI1699-1782
- Sebastião José de Carvalho e Melo: Conde de Oeiras e Marquês de
Pombal - «É mais eficaz a moderação com que se repreende do que a
severidade com que se castiga».
IMAG.17-19-39-54-84-194-256-340-370-436-547-603
13MAI1859-1911
- Raimundo da Mota de Azevedo Correia, aliás Raimundo Correia: Poeta
brasileiro, autor de Primeiros
Sonhos (1879) - «Pela
primeira vez, ímpias risadas / Susta em pranto o deus da zombaria; /
Chora; e vingam-se dele, nesse dia, / Os silvanos e as ninfas
ultrajadas; // Trovejam bocas mil escancaradas, / Rindo; arrombam-se
os diques da alegria; / E estoira descomposta vozeria / Por toda a
selva, e apupos e pedradas…» (Tristeza
de Momo - excerto).
1835-14MAI1889
- José Eduardo Coelho: Escritor e jornalista português, fundador e
director do Diário de
Notícias - «Viajar é
civilizar-se. Cada hora de viagem equivale a muitas páginas de
instrutiva leitura».
IMAG.32-44-230-242-496
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