quarta-feira, abril 05, 2017

IMAGINÁRiO #657

José de Matos-Cruz | 01 Maio 2018 | Edição Kafre | Ano XV – Semanal – Fundado em 2004
 
PRONTUÁRiO

MUTAÇÕES
Ao investigar as nefandas proezas de um tubarão do crime, Sara Pezzini - há oito anos na polícia, e detective do Departamento de Homicídios - encontrou uma luva mística, a Witchblade, que lhe concedeu poder sobre-humano e protecção especial. Desde então, e embora não seja grande fã do sistema punitivo, ela tem usado o artefacto sobrenatural para combater o mal e fazer justiça, na perigosa selva urbana de Nova Iorque. E encontra seres mutantes, horrendos, em sua monstruosa caça justiceira…
Originalmente gerada em 1995, por Top Cow para Image Comics, ilustrada por Michael Turner, sobre a concepção de
Marc Silvestri & David Wohl, e argumento de Brian Haberlin & Christina Z, Witchblade converteu-se num fenómeno sensual e aberrante, entre as heroinas actuais. Com ilustração por Joe Benitez, Dave Finch, Clarence Lansang & Cedric Norton, o escritor Malachy Coney lançou-a num confronto inexorável, mas inebriante, com Jackie Estacado, aliás The Darkness, a tenebrosa criatura de Mark Silvestri, Garth Ennis & David Wohl.
Noutra missão, Michael Turner - com Joe Weems & Jonathan D. Smith - aliou Sara a Lara Croft, arqueóloga multimilionária que explora o universo lúdico e mórbido de Tomb Raider. Um cronista oficial do universo Top Cow, o tortuoso Paul Jenkins precipitou Witchblade, que os oponentes vêem como uma guerreira de armadura medieval, num pacto de sangue e horror - sob grafismo de Clarence Lansang - contra Aliens e Predator. Tudo quando a Big Apple, urbe/berço de Sara, está a ser visitada por bizarros alienígenas, que ali querem depositar a sua ninhadaIMAG.6

CALENDÁRiO

30NOV2016-05FEV2017 - Galeria Municipal do Porto expõe Eyes Wide Open! 100 Anos de Fotografia Leica, sendo curador Hans-Michael Koetzle. IMAG.343

1923-03JAN2017 - Augusto Cassiano Neves Mascarenhas de Andrade Barreto, aliás Mascarenhas Barreto, aliás João da Terra: Escritor português, historiador e investigador, ficcionista e poeta, tradutor, forcado e atleta, autor de fado e de banda desenhada - «…Um grande fadista, um português de talento, um erudito» (Ricardo Ribeiro).

05JAN2017 - NOS Audiovisuais estreia Zeus (2016) de Paulo Filipe Monteiro; com Sinde Filipe e Catarina Luís, sobre as Viagens de Teixeira Gomes. IMAG.6-161-355-524

05JAN2017 - NOS Audiovisuais estreia Cruzeiro Seixas - As Cartas do Rei Artur (2016) de Cláudia Rita Oliveira; sobre a relação entre Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny. IMAG.405

11JAN-25FEV2017 - Em Lisboa, Artistas Unidos apresenta, no Teatro da Politécnica, Agora - exposição de pintura de Sérgio Pombo. IMAG.439

13JAN-22MAR2017 - No Centro Cultural de Cascais, Fundação D. Luís I expõe Roque Gameiro - Uma Família de Artistas. IMAG.197-558-585-602-605-638

COMENTÁRiO


O sofrimento religioso é, ao mesmo tempo, a expressão do sofrimento verdadeiro e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura aflita, o coração de um mundo sem coração, é o espírito da situação sem espírito. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião, como felicidade ilusória, é o que falta para a sua verdadeira felicidade. Pedir para que descartem as ilusões sobre a sua situação, é pedir para que descartem a própria situação que necessita de ilusões. A crítica da religião é, em seu âmago, a crítica desse vale de lágrimas do qual a religião é a auréola. Essa crítica retirou as flores imaginárias das correntes dos homens, não para que ele continue a usar essas correntes sem consolo ou fantasia, mas para que ele possa quebrar essas correntes e, então, colher a flor viva.
Karl Marx
- Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (1844)

VISTORiA

O que é a riqueza, senão a totalidade das necessidades, capacidades, prazeres, potencialidades produtoras, e mais, dos indivíduos, adquirida no intercâmbio universal? O que é, senão o pleno desenvolvimento do controle humano sobre as forças naturais – tanto as suas próprias, quanto as da chamada natureza? O que é, senão a plena elaboração das suas faculdades criadoras, sem outros pressupostos salvo o desenvolvimento histórico precedente, que faz da totalidade deste desenvolvimento – isto é, o desenvolvimento de todos os poderes humanos em si, não medidos por qualquer padrão previamente estabelecido – um fim em si mesmo? O que é a riqueza, senão uma situação em que o homem não se reproduz a si mesmo de uma forma determinada, limitada, mas sim em sua totalidade, desvencilhando-se do passado e integrando-se no movimento absoluto do devir?
Karl Marx
- Grundrisse (1858)

Um livro, uma vez impresso e publicado, torna-se uma individualidade. Com a edição, fica decisivamente separado do seu autor, tal como em parte a criança é afastada dos seus pais.
O livro significa, necessariamente, depois – tanto gramatical, como efectivamente – seja qual for o significado que lhe atribuir este ou aquele leitor.
James Branch Cabell
- A Note On Cabellian Harmonics (1928)

 
MEMÓRiA

02MAI1458-1525 - Leonor de Avis, aliás Rainha D. Leonor: Princesa portuguesa, casada com El-Rei D. João II (1481) - «A mais Perfeita Rainha que nasceu no reino de Portugal» (Frei Jorge de São Paulo). IMAG.26-54

05MAI1818-1883 - Karl Heinrich Marx, aliás Karl Marx: Intelectual e revolucionário alemão - «Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha, e sim sob aquelas com que se defrontam directamente, legadas e transmitidas pelo passado.» (Brumário Dezoito de Louis Bonaparte).IMAG.148-177-294-361-410-525

1879-05MAI1958 - James Branch Cabell: Escritor americano, criador fantástico, autor de Jurgen (1919) - «As pessoas casam-se por uma série de razões diversas, e com variáveis resultados. Mas, casar por amor, é atrair uma tragédia inevitável.» (The Cream of the Jest).

07MAI1928-2016 - Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara, aliás D. Vicente da Câmara: Fadista português, intérprete e autor, distinguido com o Prémio Amália Rodrigues/Carreira (2013) - «Tinha um gosto muito grande pelo repertório clássico do fado, aqueles fados estróficos castiços, que entretanto foram passando um pouco de moda, e que ele continuou a cultivar com uma galhardia e com uma graça muito grandes» (Rui Vieira Nery). IMAG.624


GALERiA

Roque Gameiro - Uma Família de Artistas

Alfredo Roque Gameiro (1864-1935), um dos mais importantes aguarelistas portugueses, foi também o patriarca de uma extensa família de artistas plásticos. A presente exposição centra-se nas duas primeiras gerações da chamada tribo dos pincéis: Alfredo Roque Gameiro, seus 5 filhos, e 2 genros casados com as filhas mais novas.
A mostra desenvolve-se em torno de 4 secções: Retratos de Família reflecte o carácter de uma família em que desenhar e pintar era tão natural como comer e conversar. Aguarela: O Mar e a Orla Costeira corresponde a um dos temas por que Alfredo Roque Gameiro é melhor conhecido: as aguarelas marinhas. Aguarela: Interiores e Exteriores mostra como a aguarela foi o germe por que os restantes familiares se iniciaram na pintura; e constitui uma excelente oportunidade para contrastar estilos e aproximações. Finalmente, Um Pouco de Tudo ilustra a extensão do trabalho artístico de filhos e genros: pintura a óleo e têmpera, ilustrações pequenas e painéis gigantes, escultura e cinema, e muito mais.
Além de Alfredo Roque Gameiro, incluem-se Raquel Roque Gameiro (1889-1970), Manuel Roque Gameiro (1892-1944), Helena Roque Gameiro (1895-1986), Màmía Roque Gameiro (1901-1996), Ruy Roque Gameiro (1906-1935), José Leitão Barros (1896-1967) e Jaime Martins Barata (1899-1970).

BREVIÁRiO

Livros do Brasil edita Retrato de Artista Enquanto Jovem Cão de Dylan Thomas (1914-1953); tradução de José Lima. IMAG.442-488

Relógio D’Água edita Orlando de Virginia Woolf (1882-1941); posfácio de Peter Ackroyd.
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Universal edita em CD, sob chancela Verve, Jazz At the Philharmonic: The Ella Fitzgerald [1917-1996] Set. IMAG.460-566-608

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