José
de Matos-Cruz | 16 Janeiro 2022 | Edição Kafre | Ano IV –
Semanário – Desde 2019
FENDA|MENTAL
JUSTA|POSIÇÃO
19JAN1809-07OUT1849 - Edgar Poe, aliás Edgar Allan Poe: Escritor americano, ligado ao movimento romântico e ao estilo gótico; ficcionista e poeta, crítico literário e editor; autor de A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket (1838), de A Queda da Casa de Usher (1839), de Os Crimes da Rua Morgue (1841), de O Poço e o Pêndulo (1842), de O Escaravelho de Ouro (1843), de A Carta Roubada (1844) ou de O Corvo (1845) - «A beleza de qualquer espécie, na sua evolução suprema, provoca inevitavelmente as lágrimas de qualquer alma sensível».
19JAN1884-13MAR1949 - Albino Maria Pereira Forjaz de Sampaio, aliás Albino Forjaz de Sampaio: Escritor e bibliógrafo português - «O que é a vida? Não sei. Eu tenho visto nela muita torpeza e muita lama. Sê mau, ouves? Sê mau. Tens que ser muito mau que a “terra vive do mal”. / Às vezes sinto-me fatigado de só o ter sido mediocremente. / Ah! Eu nunca poderia vir a ser um Nero! E Nero que incendiou Roma não é bem maior do que S. Francisco de Assis? Incendiar uma cidade é bom, mas incendiar o mundo? Incendiar o mundo, ó gentes? Que grande obra para um caricaturista! A lama a não querer morrer, a fugir do braseiro… / Nesta hora, pensa, quanta sinceridade não haveria… no egoísmo do salvamento. Que de crimes essa última hora não conteria! / E o fogo, o fogo enorme, lambendo tudo, triturando tudo, por entre o rir das labaredas até que a terra desfeita em cinza, como um bando enorme de andorinhas, voasse pelo espaço através dos séculos.» (Segunda Carta, excerto - in Palavras Cínicas, 1905).
19JAN1943-04OUT1970 - Janis Lyn Joplin, aliás Janis Joplin: Compositora e cantora americana de rock, soul e blues, autora de Pearl (lançado em 1971) - «Mesmo que os nossos lábios não se cruzem novamente, posso dizer em silêncio tudo aquilo que ficou escondido para sempre. Haverá momentos em que os nossos pensamentos se encontrarão no espaço e, assim, sentiremos falta de estarmos novamente juntos».
FUNDA|MENSAL
CONTRA|TEMPO
REVISÕES
A convergência entre quadradinhos e fotogramas veio privilegiar uma segunda vida para os heróis de papel configurados em película, graças ao prodígio dos actuais processos tecnológicos. O novo milénio culminou, assim, uma tendência que se manifestara pelo último quartel do Século XX, aliás acentuando uma tradição consagrada pelo cinema americano, sobretudo desde os meados da década de 1930. Tal correspondeu, então, a uma intensa e decisiva fusão mediática sobre o tão popular fenómeno dos serials - o qual, por sua vez, remonta aos primórdios de um imaginário aventuresco em que se forjou a própria lenda de Hollywood.
O
Esquadrão Suicida
(2021
- James Gunn)
A evocação daquele universo pioneiro e primordial, que corresponde à transposição para grande ecrã dos maiores heróis de banda desenhada, celebrados na Época de Ouro, implica uma passagem pelo território virtual de transição - em que o apelo à cinefilia foi, caprichosamente, estimulado pela nostalgia dos clássicos. Refazer essa memória significa, desde logo, recordar que a principal característica estilizada, a partir de meados dos últimos anos de 1970, consistiu em superar a mera ilustração fílmica, por uma eficaz transferência dos modelos e códigos da narração gráfica. Nesta conformidade, leitura e espectáculo revestiram a acção sob um desígnio mágico ou irreversível.
ALGO|RITMO
Relógio D’Água edita Averno de Louise Glück; tradução de Inês Dias. F|M.73
Relógio D’Água edita A Íris Selvagem de Louise Glück; tradução de Ana Luísa Amaral. F|M.73
Relógio D’Água edita Uma Vida de Aldeia de Louise Glück; tradução de Frederico Pedreira. F|M.73
Relógio D’Água edita Noite Virtuosa e Fiel de Louise Glück; tradução de Margarida Vale de Gato. F|M.73
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