Na
vivência centenária do cinema em Portugal, história e memória
convergem entre lacunas e revelações, que a continuada persistência
dos investigadores e os contributos de iniciativa pessoal vão
conjugando, além da precariedade eventual ou do alusivo testemunho.
Assim propõe Pratas Conquistador - A História Desconhecida de
Um Charlot Português de Paulo M. Morais, dedicado ao
cineasta Emídio Ribeiro Pratas (1891-1966). Com edição de Casa das
Letras, eis uma demanda fascinante pelos rumos da informação e do
reencontro.
Tudo
começou, a pretexto de uma oportunidade… «No meio da tarefa de
esvaziar uma casa de família, a descoberta inesperada de um conjunto
de cartas, fotografias e recortes revela ao narrador a existência de
um tio-bisavô pioneiro do cinema em Portugal. Será o misterioso tio
Emídio, curiosa personagem das anedotas familiares, o mesmo Emygdio
Ribeiro Pratas, autor e intérprete, em 1917, da primeira comédia
cinematográfica portuguesa ao estilo de Charlot? Que destino foi,
afinal, o deste homem que teve uma vida absolutamente aventurosa? E
porque terá sido votado ao esquecimento?
Partindo
da história desta figura multifacetada e do papel que representou na
vida dos seus contemporâneos e dos seus descendentes, Paulo M.
Morais explora os limites da ficção e da não-ficção, conduzindo
o leitor ao Portugal das primeiras décadas do século XX, entre a
queda da Monarquia e o advento da Sétima Arte, numa viagem ao mesmo
tempo intimista e coletiva, poética e documental, que prende da
primeira à última página.» Através de Pratas Conquistador,
desvenda-se um enigma luminoso da cinematografia nacional…
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